quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Smell Reality/ Aroma da realidade



Smell Reality


And so without further ado, gradually drops marked the old wooden floor, a noise almost as subtle as a falling leaf at the foot of the table rusty. Drops a lovely red with the reflection of light making them time as a wine, time alive as blood, stood out from all the silence contained in time.

This time as empty as the memories are, for the ideas as much as the lack of plans, like bodies present there and only present, following its warning signs. No shadows, no reflections, no mirrors, just doors and small windows, leaving no room for dreams, so little room for hope, only survive destoados of all reality, that time and again returns to haunt them.

Words distant, not were needed before many murmurs, explain was no longer present on your needs as a person, as what little was left of his dignity, was absent as his joy.

The months pass, February, March, May, August, life, leftovers, hope in God, pain slowly assimilated by his gaze, in parts sad and empty at certain times. Just another frozen moment, destoado, ignored, nonexistent for many others, just another tear that would sprout hardly something new and who knows if possible and allowed just one more moment of pain.

Half an hour, a couple of seconds passed into eternity, who would know say, indifferent to anyone not living, just surviving. Just letting the rough walls of sad stories, staring into the void, smell the aroma spread throughout the place, mixing the bit that has the dreams that never accomplish. A farewell, a goodbye, put on your shoes, put aside for a moment the misery and go to work.



Pablo Danielli


Aroma da realidade


E assim sem mais, pouco a pouco as gotas marcavam o chão de madeira velha, um barulho quase tão sutil quanto de uma folha caindo ao pé da mesa enferrujado. Gotas de um vermelho encantador, com o reflexo da luz tornando-as hora como um vinho, hora vivas como o sangue, destoavam de todo o silêncio contido no tempo.

Tempo este tão vazio quanto às lembranças, quanto às ideias, tanto quanto a falta de planos, como os corpos ali presentes e apenas presentes, seguindo suas sinas. Sem sombras, sem reflexos, sem espelhos, apenas portas e pequenas janelas, sem deixar espaço para sonhos, tão pouco espaço para esperanças, apenas sobreviver, destoados de toda a realidade, que volta e meia, retorna para lhes assombrar.

As palavras distantes, não se faziam necessárias diante de tantos murmúrios, explicar já não estava presente em suas necessidades como pessoa, tão pouco o que restava de sua dignidade, estava ausente assim como sua alegria.

Os meses passam, fevereiro, março, maio, agosto, da vida, das sobras, da esperança em Deus, dor lentamente assimilada pelo seu olhar, em partes tristes e em certas horas vazio. Apenas mais um momento congelado, destoado, ignorado, inexistente para outros tantos, apenas mais uma lagrima que dificilmente faria brotar algo novo e quem sabe se possível e permitido, apenas mais um instante de dor.

Meia hora, uma ou duas passadas na eternidade dos segundos, quem saberia dizer, indiferente para quem não vive, apenas sobrevive. Apenas deixando as paredes ásperas de tristes histórias, olhos fixos no vazio, sentir o aroma espalhado pelo lugar, mistura do pouco que se tem com os sonhos que nunca realizará. Um adeus, um até logo, calçar os sapatos, deixar de lado por momentos a miséria e ir trabalhar.


Pablo Danielli

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