quarta-feira, 17 de julho de 2013

Reunião de condomínio

Essa crônica não tem qualquer compromisso com a realidade ou com algo moral.
Se você for dessas pessoas moralistas ou que não se permite uma leitura despretensiosa, faça um favor a si mesmo e não leia. Se a caso ler, não reclame.

É uma serie de crônicas que relata a vida de um personagem fictício, Chamado de “A rotina de Paulo”. 

3 - Reunião de condomínio

Volta e meia tem um veado, que costuma reclamar que alguma coisa não funciona, como se alguma coisa no país funcionasse! E se não bastasse isso fica aporrinhando todo mundo com as reclamações parece àquelas velhas que não tem o que fazer e ficam caçando problemas.
Da vontade de chagar pra um loco desses e falar: Vira homem e para de chorar! Mas como a gente é pau mandado e ganha uma miséria pra ser assim, conto até dez e falo que vou resolver. E quando porra nenhuma funciona, os trastes do prédio resolvem fazer uma reunião, como se isso resolvesse alguma coisa.
Azar do sindico que tem que fica ouvindo baboseira de gente que acha que é rico. Geralmente essas reuniões acontecem no fim da tarde, inicio da noite, puta falta do que fazer, bem na hora do boteco penso comigo mesmo. Fica um monte de gente numa salinha de um calor infernal, reclamando todo mundo junto de um monte de coisa diferente, como se tudo fosse possível.
Fico do lado do sindico e só observo, aquele monte de pau mandado, cuja única diferença entre nós é o diploma, são pau mandado com diploma, de grife enquanto eu apenas ganho um pouco menos e não tenho que me fuder cumprindo horário. Dou risada sozinho!
O sindico olha pra mim, outo pau mandado que ganha pouco pra todo mundo botar pra fuder, e fala em voz baixa: Quer ver essa putaria acabar agora?
Ele se levanta e fala:
Senhores compreendo a preocupação de vocês, mas estamos sem dinheiro em caixa e precisaremos fazer uma “vaquinha” para providenciar os reparos necessários!
Um silencio mortal toma conta do ambiente, e fico falando comigo mesmo: Cambada de duro, só tem posse! Na hora de reclamar são os bom da boca, pra abrir a mão fica miudinhos! Acaba que ninguém resolve nada e fica tudo sempre como está, mas sempre tem um ou outro que vem depois me pedir pra dar uma passada no apartamento pra dar uma olhada.
Olho para o cidadão, e tenho vontade de falar, vai dar, vai! Mas de todos os escravos eu sou o que menos mando, e eu preciso de dinheiro pra pagar as putarias, digo que logo dou uma passada, só antes vou passar no boteco pra dar uma firmada.

Pablo Danielli

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