sábado, 10 de janeiro de 2015

Desejo

O desejo do impossível
Quando se torna real,
Não mais é desejável.

A dor que alimenta o sonho
Quando passa, já não é mais lembrada.

Tudo aquilo que tenho
Não passa de bobas lembranças
Que carrego comigo,
No bolso das calças, rasgadas.

Por isso sonho algo novo todo dia
Pois ao guardá-los, insistem em fugir,
Por frestas que eu mesmo deixei.

E fazendo da vida, um enorme retalho
De sonhos e desejos,
O possível não mais me contenta,
Pois me acostumei a viver grandes amores.

Pois amores mornos para mim
Hoje, parecem ser vãos.
Assim como pássaros que o baterem as assas,
Seguem o vento e em algum momento o coração.

Pablo Danielli

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