terça-feira, 27 de outubro de 2015




Fiz cinco poemas para você
E todos falavam de amor,
Com direito a frases prontas e criações próprias,
Cada poema representava uma fase de nossas vidas
Cada fase um sorriso, um lagrima e uma linha.

Explicando porque nosso dia a dia
Não era monotonia, era uma aventura,
Louca e divertida, que somente a gente entendia.
E ninguém mais sabia e nem imaginava,
Os dias que agente passava.

Fiz este poema, usando todas as letras,
Tive que buscar inspiração nas estrelas,
Para escrevê-lo e lê-lo para minha princesa.
Encanta-la e fazer dela rainha e bela,
Com as flores que só nascem na primavera.

Fiz estes cinco poemas, pensando em ler,
Para todo mundo ver e saber, que meu amor por você,
É muito mais que um bem querer,
É para sempre amarrado e gravado,
Em nossos corpos marcados.

Nas folhas deste livro estarão
Guardados além de nossos corações,
Cinco poemas de amor,
Que soaram com quatro canções,
E uma oração de amor.


Pablo Danielli


Estrutura


Domínio publico
Letras, palavras,
Pensamentos proibidos!
Diante dos olhos vendados
Chove realidade em forma de caos.
No sistema de faz de contas
Tanto o povo, quanto a estrutura,
Não conseguem esconder a rachadura.
Que existe na mente, na sociedade que finge,
Na realidade coexistente.

Pablo Danielli

segunda-feira, 26 de outubro de 2015


Memorias de curto prazo


Ocupam sua calçada
Sua rua, sua vida,
Escondidos pela mídia
Ignorados pelos que podem ver.

Não estão nos jornais
Em nenhum programa na tv,
Não tem dinheiro
Agua ou pão pra comer.

Mas sentem fome de tudo
Atenção, dignidade, afeto e carinho,
Excluídos por entre sombras
Vivem de sobras de um rebanho mesquinho.

Falsas ideologias postas por políticos
Abraçados por demagogias (demagogos) dilaceradas (dilacerados),
Memórias desumanas de curto prazo
Que se preocupam apenas com o futuro do umbigo.


Pablo Danielli

domingo, 25 de outubro de 2015


Mulher


Que direitos são estes que ferem
Não só o corpo, mas a alma,
Que luta é essa que maltrata
Dilacera a coragem, faz crescer o medo?

Que culpa tão grande é essa
Que faz desejar não viver,
É a beleza, o aroma ou o sorriso encantador?
Seus cabelos ao vento, não podem servir como chicotes!

Um silencio, que fere!
Dilacera e maltrata.
Mas os olhares tão tristes
Com esses dias tão incompreensíveis
Não fingem.

Existe vida além-mar?
Existe esperança além da dor?
Existe força aonde só há terror?

Tantas perguntas em um corpo tão frágil
Capaz de fazer surgir à vida,
Mas ainda incapaz
De viver com a dor.

Não é pela violência sofrida
Não é pelo desespero nela contida,
Não é pelas marcas que não cicatrizam!

É pela alma ferida
Pela pureza perdida
Pelo corpo que deveria receber
Somente o calor
E sentir apenas o amor.

É o direito de viver
De ser feliz,
Que alguns ainda não conseguem
Se permitir.


Pablo Danielli

sábado, 24 de outubro de 2015

Cruza a vida
Cruzes á morte!
Tropeça nas escolhas
Joga com a própria sorte!

Pablo Danielli

Moribundos

Eles te confundem
Falam que é importante,
Mas quando você percebe
Roubam seu dinheiro.
Eles te elogiam
Te enchem de falsos brindes,
Para poder superfaturar
Pedaços de chão e giz.
Fazem propagandas bonitas
Pagam seu gás, compram silencio,
Para você continuar como cordeiro
Em uma republica de bananeiros,
Enquanto os lobos se alimentam
Do medo do povo.
Jogando pelo ralo sujo
O que ainda lhe resta de orgulho,
Mostrando que o cidadão não passa
De um moribundo.


Pablo Danielli

sexta-feira, 23 de outubro de 2015


Porta


Às vezes
Você atravessa a porta,
Pode ser uma entrada
Ou quem sabe uma saída.
Tudo vai depender
De como você
Vê a sua vida.


Pablo Danielli

Vira-lata


Em um fértil
Terreno da malandragem,
Esconde-se nas entranhas
Do povo,
O medo de ser livre.
Por caminhos mal feitos
Por falta da estrutura ética,
A nobre alma padece,
Em seu próprio ego.
Ansiedade se mistura
Com o desespero,
A dor aos poucos toma conta
Sem nenhum alarde.
Até os ossos dos cachorros
Tiraram-lhe,
Está morrendo de fome
O país com vocação
De vira-lata.


Pablo Danielli

quinta-feira, 22 de outubro de 2015


Gado

Políticos nefastos
Que estrupam
O estado.
Deixam o peso
Do país ser carregado,
Por pobres coitados.
Enquanto esbanjam
Falta de caráter e honestidade,
Hoje são suas canetas
Que servem de chicote,
Para o povo
Que sobrevive
Como gado.


Pablo Danielli

Democracia

Quando ouvi os gritos,
Tampei meus ouvidos.
Quando senti a fumaça,
Cobri meus olhos e nariz.
Quando o sangue respingou em mim,
Apenas lavei minhas mãos.
Quando a minoria estava nas ruas,
Tranquei-me na sala e liguei a tv.
Enquanto o governo coagia,
E a policia batia, minha omissão falava.
Com a coleira de ajuda e salários mínimos,
A sociedade me oprimia.
Só percebi que o caminho não tinha mais volta,
Quando amanhecia o dia.
Manchetes de jornal em sua maioria,
São sempre as mesmas e vazias.
Eu morria sem envelhecer,
Escravo de um sistema brutal,
Disfarçado de democracia.
A ilusão vendida à conta gotas,
Esmola para mentes vazias,
E isto sem perceber, havia me custado uma vida.

Pablo Danielli

quarta-feira, 21 de outubro de 2015


Noite dos cachorros perdidos


Enquanto o latido
Toma conta das ruas,
Restos são jogados
Como banquete.
Na tentativa
De amordaçar,
Bocas famintas.
Como uma sinfonia absurda
A raiva espumando pela boca,
Já contamina as diferentes formas de vida.
Dessem-lhe pauladas!
Duchas generosas de agua!
Por um breve momento recuam
Mas fome é tanta,
Que seu amo assustado recua.
Corre e com medo se esconde,
Atrás de falsas propagandas
De alegrias gratuitas.

Pablo Danielli



Sem janela, nem porta


Faltou água
Acabou a luz,
Comida não tem.
Sofrimento sempre sobra
Em alguma casa
Sem janela e nem porta,
Seja no sul ou no sertão!
A noite é iluminada
Pelos lamentos,
E o sal das lagrimas
É o sustento!
Para a barriga de vento.
Em terra castigada
Pela politica e corrupção
Quem sofre é o miserável
Sem o acesso a saúde
E educação.
Que vive de promessas
Que insistem em se repetir
A cada quatro anos
Ilusão, ilusão, ilusão,
Pela falta de competência
Na escolha de uma nação.


Pablo Danielli

terça-feira, 20 de outubro de 2015


Ciranda
Você sente
Disfarça, canta e encanta!
Esconde a tristeza
Corre da solidão,
E lamenta a falta
Da esperança.
Tenta se apaixonar
Jura não chorar,
Entrega seu coração
Mas foge da emoção.
Joga ciranda
Faz os olhos brilharem
Finge-se de forte,
Faz papel de ingênua.
Mas continua sendo
A saudade buscando
Um porto, um abrigo,
Para descansar o coração.
E poder se perder
Em largos sorrisos,
E alguns momentos
A razão.

Pablo Danielli

Tem fé!
Tem fé
Tem dó,
Tem força!

Contra o uso
Da ignorância!

Contra a arma
Politica!

Contra a policia
Armada!

Tem fé!
Que pra violência
Do dia...

Tem a paz e a lagrima
Da madrugada.

Pablo Danielli

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

As marcas da mão
Escondem uma vida,
Leves toques e olhares
Disfarçam o sentimento.
Passado guardado...
Na mente, subconsciente,
Como noites e dias,
Respirados de forma intensa,
Como velhos amores...
Que chegam e não guardam lugar.
De tantos sonhos antigos
O presente persiste,
Em trazer o futuro...
Carregado pelo vento.
Ao acaso das escolhas
Quem sabe outras rotas,
Para quem deseja outras bocas,
Na procura desvairada...
Respirar a vida.

Pablo Danielli
Todos os olhos estão voltados para cima,
Quase não enxergam, aquela delicada linha,
E nela, a linda equilibrista parece flutuar, voar, pairar no ar.


Corações nas mãos,
Pensamentos, será que irá conseguir ou não?
Com sua linda roupa branca, guarda-chuva prateado,
Olhares assustados,
Será que irá cair?


É como quem não teme a morte,
E vive o momento na sorte,
Será que ela sabe,
Que seu grande amor está a lhe ver?


Somente esperando, para poder lhe ver,
E com flores te receber,
Será que ela ira conseguir equilibrar está paixão?


Não fará ela do coração, Picadeiro, linha e canção,
Como uma linda artista, vivendo uma paixão,
Conseguirá ela, pairar no ar, sem te ver,
Equilibrando mais um coração?

Pablo Danielli

domingo, 18 de outubro de 2015

Eu vejo na poesia uma terapia
Uma forma de fugir do dia a dia,
Da rotina chata e pacata das horas trabalhadas,
Muito mais que palavras, uma vida de fantasias.
Muito mais que sorrisos é pura magia,
Chance de salvar a princesa, momento de ser coroado rei,
Nas letras escolhidas faço minha própria lei,
Sonhos realizo em pedaços de papel, assim como o vento
Que leva meu pensamento para longe, além do horizonte.
Faço nela, o tempo parar e se quiser voltar faço também,
Planto flores e rego jardins, dou-lhe uma rosa e um buque de jasmins.
Mas a poesia me facina, porque nela cumpro minha sina,
De viver alegrias imaginadas e criadas em rascunhos da nossa vida.

Pablo Danielli

sábado, 17 de outubro de 2015

Tic-tac, Tic-tac, Tic-tac,
Aonde a pressa ouve-se o versar do relógio
Avisando que o mundo não para.
Corre, corre, corre,
Tudo é sempre igual,
Dorme, acorda e come, dorme, acorda, come,
Sai atrasado, chega atrasado, patrão brabo.
Passeia nas horas, viaja nos segundo e descansa nos minutos.
Relógio de cabeceira, relógio de pulso e relógio de mesa,
Perder a hora é dureza.
Mas se der tempo eu como a sobremesa!

Pablo Danielli
Joãozinho era um menino triste
Triste era um menino chamado Joãozinho,
Tão pouco sabia da vida,
Tão pouco a vida sabia sobre ele,
Não sabia o potencial que tinha,
O potencial ainda não havia chegado até ele.
Joãozinho estava descobrindo coisas novas,
As coisas estavam descobrindo Joãozinho,
Joãozinho não sabia andar sozinho,
As ruas ainda não haviam descoberto Joãozinho,
Joãozinho não conseguia ver beleza no mundo,
Mas o mundo, via beleza em Joãozinho!

Pablo Danielli

sexta-feira, 16 de outubro de 2015


Silencio


O silencio
Gota a gota
Entre uma xícara e outra
De palavras solúveis.

Soltas como os pensamentos
Presas na garganta,
Pedindo liberdade
Rasgando o intimo.

Momentos que persistem
Entre olhares desviados
De certos caminhos
Imaginados.

Passos que te prendem
Suspiros que machucam
Leve toque
Que não se sente.

Entre segundos
Não vividos,
Entre destinos repartidos
Escolhas feitas pelo silencio.

Que deixam as janelas e portas
Tão seladas quanto a mente
Machucam o intimo e cegam sorrisos
Dilacerando os ouvidos.


Pablo Danielli
Sonhei que era famoso,
Compositor, cantor, escritor, ator ou o seja lá o que for,
Tudo que eu dizia tinha classe, tudo que fazia tinha glamour,
Havia fãs, seguidores e admiradores.

E assim acumulava grana e fazia fortuna,
Mulheres aos meus pés e muitos corações partidos
Mas era famoso, isso era bom, mesmo com muito interesse em jogo.
Carrões, iates e hotéis de luxo, nada me faltava,

Por muitas festas eu passava, o pessoal me chamava,
E ainda se precisasse de mais alguma coisa
Meu empresário providenciava.

Foi então que nesta vida de famoso resolvi descansar,
Sem querer acordei do sonho que tive e sofri,
Contas para pagar, a geladeira vazia e a mulher a gritar,
Morar na periferia, carro popular e filhos para cuidar.
Assalto a mão armada, buracos nas calçadas e algumas sandálias estragadas.

O dinheiro não dá, o mês é pouco, vivendo sempre no sufoco,
E eu querendo voltar a sonhar, porque sinceramente meu amigo,
Esta vida de pobre, definitivamente não dá.


Pablo Danielli
"Quis o destino que fosse assim, pois tudo que inicia um dia tem seu fim. Quis a vida que fosse a assim, pois teu olhar é um oceano de amor sem fim."


Pablo Danielli

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Cem anos de solidão

Tudo é tempo, tudo é vida.
São anos em dias
São muitos sonhos lutando,
Contra a própria insatisfação.

São dias de gloria
E noites de solidão,
São pessoas ausentes
Saudades de objetos,
Que nunca serão.

É o vazio no peito
É o olhar cheio, da falsa beleza,
Presenteada com o horizonte
Distante e frio.

Há tantos caminhos
E tantas pontes, embora nenhuma,
Me leve ao seu coração.

São dias e noites
Com pensamentos soltos,
Que para quem não me conhece
Mais parece, cem anos de solidão.


Pablo Danielli

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


Os pássaros

Senta, observa os pássaros
Percebe que eles cantam
Percebe que é musica pura.
Mostrando a beleza da vida
No bico e no bater de asas
De uma pequena criatura.

Pablo Danielli

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Poemas Noturnos 


32 poemas que flertam com a noite, pensamentos e perguntas sobre a vida, pessoas e o tempo.
Colocados de um forma intima, mas ao mesmo tempo buscando indagar tudo que envolve a vida.


Link para baixar:




22.


À noite, é atrevida...

Ela despe nosso corpo,

E exibe nossos medos.

E mesmo no silêncio,

Ela insiste em bater

Simplesmente para poder mostrar,

Que sem pronunciar...

Uma palavra qualquer,

Ela argumenta, julga e executa.

Com o desdém de quem pensa,

Ser o dono de alguém.

E toda ideia, todo sonho e fantasia,

É velado por ela.

A noite é uma escrava

Assim como nós somos do dia,

E nossos corpos pertencem a ela,

Porque é nela que sustentamos nossas angustias.

Não existem horas, nem segundos na noite.

O que persiste é a mente,

Que hora esta lúcida

E em outrora se põe a delirar.

E madrugada a fora,

É permitido viver, amar e morrer.

Mesmo assim

Muitos apenas se permitem, 

Adormecer.

Porque à noite

Também pertence,

Á aqueles que não se permitem,

Sonhar.


Pablo Danielli

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

domingo, 11 de outubro de 2015



8.

Pessoas caminham

A cidade frenética,

Não para!

A vida e a morte...

Não param!

Em meio à solidão

Na multidão.

Num instante de reflexo...

Reflete teu ser,

Na bosta, do cão!

Brota a poesia,

Na confusão!


Pablo Danielli

sábado, 10 de outubro de 2015



15.


Entre tantos prédios vazios,

Luzes, sonâmbulas...

Cortam a noite, como faróis.

Sem mar, 

Para navegar.

Sem pessoas, 

Para avisar.

Corações vazios,

Sem capacidade de amar.

Enquanto corpos a deriva,

Encontram-se em camas vazias.

Sem esperar...

Sem questionar...

O silencio rompe a alma,

Deixando a insônia,

Como ondas, castigar o corpo.

Não há pensamento capaz,

De preencher o escuro.

E a única coisa a deriva,

É o corpo...

Jogado na imensidão da mente,

Que não dorme,

Porque não consegue acordar.




Pablo Danielli


10.


Qual o erro que te persegue?

Qual o erro que te merece?

Quantos olhares jogados fora...

Qual sua parte na culpa?

Esconde tua voz...

Fecha teus olhos...

Mas a lembrança do futuro,

É que o passado se faz presente.

Mesmo que teu lado humano,

Esteja ausente.

Há vida...

Para que sempre,

Se tente.



Pablo Danielli


9.

Sou um poema ambulante

Com interrogação, exclamação e ponto final.

Hora, versos que fazem sentido,

Hora, com rimas quebradas.

Com palavras que choram...

Com letras que fazem rir...

Um poema para ser lido,

Algo para ser refletido.

Sou uma estrutura,

Que foge do papel.

Que não requer tempo certo,

Para ser lido.

Sou um poema incompleto

Que se escreve no dia,

No meio da multidão.

Que se ajusta na noite,

Na reflexão.

Um poema sujo.

Um poema Belo.

Simples e complexo.

Alguns olhares irão compreender,

Outros simplesmente...

Passarão.


Pablo Danielli











sexta-feira, 9 de outubro de 2015

8.



Pessoas caminham

A cidade frenética,

Não para!

A vida e a morte...

Não param!

Em meio à solidão

Na multidão.

Num instante de reflexo...

Reflete teu ser,

Na bosta, do cão!

Brota a poesia,

Na confusão!


Pablo Danielli


Mais que a noite,

Que passa.

Mais que teu silencio 

Que fica.

O corpo cai...

A noite cai...

Tuas memórias,

Vão embora.

Azar o teu!

Azar o meu!

Azar da vida!

Ingrata.

Que não retribui afagos,

Ingrata.

Porque não sorri,

Só chora.

E o vento leva,

A toda hora

Teu corpo...

Pra longe do meu.

Mas o tempo passa,

A vida passa,

A noite se acaba.

Assim como a palavra,

Uma hora ou outra...

Tua solidão,

Minha solidão...

Cala!


Pablo Danielli

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Como dois amantes,
Caminhamos pelas ruas, entre muros pichados da cidade,
Contemplando toda desigualdade,
Com o céu de testemunha das lagrimas e de nosso amor.

Pelos becos escuros, famigerados,
Sem tetos e famintos, observam
A soberba, fartura de nosso amor.

O mau cheiro das sarjetas,
Este, já não nos atrapalha mais,
E assim, passeamos por praças quebradas,
Mal iluminadas e abandonadas.

Contemplamos a beleza de ser diferente,
Em um universo igual.
E pelas calçadas esburacadas, chegamos ao nosso destino final,
Para nos amarmos ao som de balas cruzadas,
Em meu apartamento de vinte metros quadros,
Distribuídos entre sala e quarto,
Na periferia da cidade.


Pablo Danielli

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sina

Falsas Ideologias,
Matam mais que guerras,
Discursos de igualdade...
Tiram mais do povo,
Que o próprio ódio!
Vitimas do estado...
Vitimas das idéias...
Vitimas do “amor” do próximo...
O medo de pensar,
Faz escravos.
O medo de lutar,
Faz mortos renascerem.
O medo de discordar,
Faz a indiferença brotar.
Dores que ultrapassam cercas...
Agonias que transformam vidas...
Seres dominados!
Mãos pesadas,
E falsas palavras matam...
Mas também carregam,
Pesados fardos.
Triste sina!


Pablo Danielli

Á Miss Brasil anunciou seu namoro,
O governo, verba para educação!
O piloto mais um ano de decepções.
A mídia manchetes de novela,
Fofocas sobre casais.
Nas ruas pessoas desacreditadas
Entra ano e sai ano,
Desculpas de políticos esfarrapados.
Mai um jogo da seleção
Criminalidade atingindo recordes,
Números de um jornal dominical.
Saúde apenas para quem tem benção papal!
Entre uma reza e outra
Desejos de um saldão de verão,
Livros, lá não estão.
Entre uma cabeça dividida
E uma mente sem pensar,
Pedras no meio do caminho
Apenas para arremessar!
No país canarinho
Sonhos não são feitos para voar,
Luxo que o dinheiro não compra
Escondido por sorrisos, entre sinais.
No país das oportunidades
A corda é bamba e bamba,
Para quem não sabe de mais.
O resto é resto
Sobras de jantares,
Telespectadores acomodados
Esperando por algum mocinho,
Que salve a todos, em um grande final!

Pablo Danielli

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Nenhum homem
É tão homem,
Que não possa chorar.
E não ha mulher traída
Que não volte a amar!
Regras da vida essa nobre vadia
Que vai dia e volta dia,
Insiste em mudar.
O que passou, é a graça,
História para contar!

Pablo Danielli

Ouça as vozes
Que sussurram os segredos,
Caminhos construídos
Com a luz, do autoconhecimento.

O ciclo que se apresenta é éterno
Mas seu corpo é carne, fraca,
E na terra ficará.

Apenas suas palavras, irão com o vento,
Não importa quantas luas passarem
Através da natureza, o caminho sagrado,
O equilíbrio buscará.

Para saudar passado e presente, buscando o futuro,
Valores como família e amigos, a linha da vida,
Pilares da mente, como grandes portas se erguerá.

Assim estará feita a iniciação
A elevação do corpo e espirito ocorrerão,
O templo construído com tuas palavras
Será teu fogo a iluminar-te na eternidade.

Pablo Danielli

domingo, 4 de outubro de 2015

Abra seus olhos
Para a realidade,
Abra sua mente
Para a verdade.
Falsas paredes
Foram erguidas,
Palavras com significado
Foram ditas.
Sua mente preparada
Como uma lavoura,
Adubada.
Quando se der conta
Estará totalmente envolvido!
Será tarde de mais
Tudo estará em fim, unido.
A verdade disfarçada de bondade
Será o ceifador de vidas,
Que se diziam capazes
Mas duvidavam do que ouviam.

Pablo Danielli

sábado, 3 de outubro de 2015

“A liberdade de expressão no Brasil, funciona até o momento em que você não é atingido por ela”.



Pablo Danielli
Ao segurar a rosa desfolhada
Livra de todo pudor a morte,
Não é a sombra do medo
E tão pouco o medo da solidão.
A raiva contida no sorriso
E as palavras sutis,
Que marcam os desejos
Recusados pelo coração.
É teu suor, fedido, mórbido,
De quem não lutou, não desejou revolução!
É o espinho que sangra minha mão,
Quase estragando o macio das pétalas.
Morte certa pela beleza
Da vida, de um amor,
Trancado com medo de voar!
Pois o vento não consegue levar o sangue
Que seco sobra-lhe o chão.
Não faz brotar vida nova
Tão poucos sonhos belos,
Apenas cicatrizes de dias secos
Aonde a beleza das flores não curou.
Feridas abertas, não cicatrizam,
Mesmo feitas pelo amor.

Pablo Danielli

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Sangra, pobre criança!
Em meio a tua miséria
Insiste brotar esperança.
De que adianta tantas lagrimas?
Dor de quem não tem,
Pelo que sofrer!
Olhos que se desviam
Caminhos que nunca serão,
Preenchidos.
Onde está sua pureza
Depois de anos jogada,
A própria sorte, sarjeta!
Sente o aroma da vida
Há lhe provocar?
Sente o vento tocar suas feridas?
O sol a lhe castigar!
O sorriso provocador da indiferença
Da descrença, das pessoas,
Que parecem te ignorar?
Sangra, pobre criança,
Por aqueles, que nunca hão de lhe amar!

Pablo Danielli
Sou o dono da tua alma
Sou o senhor dos teus desejos,
Te nego os prazeres mais profundos
Sou o dono do teu dinheiro.
Eu e tão somente eu,
Decido como você viva!
Eu manipulo a sua mente
Eu escrevo suas informações,
Sou a sua sombra
E sua pequena esperança.
Nada escapa aos meus olhos
Nada escapa as minhas vontades,
E você não viverá
Sem temer as minhas regras!
Eu sou o motivo do teu choro
Eu sou o motivo do teu riso,
Eu sou o governo absoluto!
Mas nunca, o teu amigo.

Pablo Danielli

quinta-feira, 1 de outubro de 2015


Fiz um poema sujo
Com toda a verdade,
Que ficou escondida!
Fiz das tuas palavras rimas
Escondi dos teus olhos o mundo real,
Iludi teus sonhos, mentiras, fantasias.
Coloquei teus defeitos nele
Maquiei com teu grito, tua dor,
E o que sobrou, sobrou!
Este poema sujo
Estava carregado, manchado, quebrado,
Sem graça, sem sorrisos, somente a verdade.
E nele tudo era odiado,
Porque tuas falhas lá estavam
Porque sabia que tua vida era feita dele,
Só mais um poema entre tantos
Que ignorou, escondeu e rasgou.

Pablo Danielli
Manipulação
População
Mente
Ão!
De ser terreno
De ser gente
De ser indigente!
Pobre capitalismo
Demasiado socialismo,
Em Deus confio
Ateu pelo destino.
Opinião própria, dos outros!
Opinião formada, pela mídia!
Livre de ideias, livre de ideais!
Preso nos próprios desejos.
Solidão, televisão, sem visão,
Escravo da moda, desejos obsoletos,
Adeus solo fértil, queimei meus livros!
Vou fazer as malas, vou para algum lugar,
Aonde seja mais fácil se acomodar.
Se libertar, incomoda os outros e perturba a mente!

Pablo Danielli

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