terça-feira, 13 de outubro de 2015



22.


À noite, é atrevida...

Ela despe nosso corpo,

E exibe nossos medos.

E mesmo no silêncio,

Ela insiste em bater

Simplesmente para poder mostrar,

Que sem pronunciar...

Uma palavra qualquer,

Ela argumenta, julga e executa.

Com o desdém de quem pensa,

Ser o dono de alguém.

E toda ideia, todo sonho e fantasia,

É velado por ela.

A noite é uma escrava

Assim como nós somos do dia,

E nossos corpos pertencem a ela,

Porque é nela que sustentamos nossas angustias.

Não existem horas, nem segundos na noite.

O que persiste é a mente,

Que hora esta lúcida

E em outrora se põe a delirar.

E madrugada a fora,

É permitido viver, amar e morrer.

Mesmo assim

Muitos apenas se permitem, 

Adormecer.

Porque à noite

Também pertence,

Á aqueles que não se permitem,

Sonhar.


Pablo Danielli

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