sexta-feira, 7 de dezembro de 2018


[Mundo]

Todo mundo, no mundo
Em algum momento,
Está sozinho.
Qualquer pessoa pode se encontrar
Perdido, desiludo...
Em uma rua qualquer.
Sem palavras,
Apenas com olhares, para o nada.
Não existe hora, momento ou lugar...
Que evite ou seja capaz de deixar,
Certas coisas para trás.
Todo mundo, tem um mundo dentro de si
Capaz de se perder em meio a solidão
E desejos...
Que mais ninguém se importa.
Todo mundo tem um nó na garganta
Que não desata,
Uma lágrima, que fica por cair.
Um sorriso amarelo de canto
Que é resposta, quando a aposta
Ri de você.
Todo mundo, no mundo
É um mundo, preso em um universo
Desconhecido, esperando se descobrir.
Um porta trancada que insiste em bater,
Dentro da cabeça, aonde ninguém vê.
Um suspiro que foge pelas frestas,
Buscando abrigo, em outros sonhos.
Porque certas vezes
Somos como ilhas,
Separadas por duvidas
Em forma de oceanos.
Que fazem os anos,
Passarem castigando a pele
Como sal do mar, no sol
Que ilumina o mundo,
Mas não o silêncio que existe
Dentro de nós.

Pablo Danielli

segunda-feira, 26 de novembro de 2018


[Curtido]

O chicote das palavras,
Escraviza línguas levianas.
Como um véu, cobrem
Os olhos da indiferença.
Jaulas, feitas para a voz ...
Lacradas por correntes
Ideológicas.
As lanternas,
Mesmo em mentes escuras...
Não são capazes de conter o efeito manada.
Joelhos fracos,
Se curvam diante de silabas
Mal escritas.
Todo universo pensante
Se afoga!
Em meias palavras...
Meias verdades...
Vendidas a conta gotas,
Em programas de auditório.
Folhetos baratos
De fim de feira,
Anunciando o ‘intelectual” da semana.
A vaidade, ainda é o centro do universo...
Que como um pendulo,
Lentamente rasga o papel como carne.
Porque a tinta da caneta
Se mistura ao sangue,
Daqueles que sem voz
São reféns,
Dos que se dizem pensantes.

Pablo Danielli

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

[Caminhar]
Não podemos ser,
Aquilo que não estejamos dispostos
A viver.
Os passos
Não nos levam, 
Além dos calos que podemos suportar.
Embora a imaginação permita...
É o corpo, que precisa do ato para nos satisfazer.
Olhares perdidos no horizonte
Nem sempre significam paz.
Por que asas,
Pertencem aos pássaros.
E mesmo em dias de tempestade...
Ao ser humano,
Está reservado o caminhar.

Pablo Danielli
[Palavras]
Fala boca!
Fala para teus amigos,
Para os teus inimigos?
Mas fala...
Não te cala diante das duvidas,
Não silencia no teu medo...
Agride o vento,
E profere contra ele,
Palavras!

Pablo Danielli

terça-feira, 20 de novembro de 2018

[Mordaça]
A palavra,
É uma expressão da vida.
O silencio,
É uma expressão da morte.
A palavra que é pensada,
E não é dita...
Já nasce morta.
A palavra dita sem pensar,
Afoga-se...
Pois não significa nada.
Da mesma forma,
Que os pulmões, necessitam do ar,
A boca, também necessita de mordaça...
E em algum outro momento,
A oportunidade da fala.

Pablo Danielli

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

[Sete heresias]
Sete corações 
Cantam uma canção,
Um dia sobre o amor...
E outra sobre perdão.
Um servia de guardião
Os outros seis,
Para sentir emoção.
Um coração para cada pecado
Um pecado para cada dia,
Por meio de fantasias,
Iam fazendo a vida.
Sete corações 
Que escondem um segredo,
Um guarda a chave,
E os outros serviam de espelho.
Sussurram por vinte e oito paredes,
Os segredos escondidos da mente...
Condenado pelo corpo
Por heresia...
Queimavam amor,
Enquanto podiam.
Sete corações 
Que estavam a sete palmos,
Mudos, os tolos cantavam...
Mas com sentimentos eternos
Que nunca calaram.

Pablo Danielli

terça-feira, 30 de outubro de 2018

[A filosofia do povo]

Se Sócrates ou Platão, tivessem pensando em uma forma de limpar a bunda, sem machucar o cú, ao invés de ficar delirando sobre a vida... Eles seriam lembrados por muito mais gente e não apenas por uma classe de universitários que se colocam acima do bem e do mal.
A falta de conexão com a realidade e o ser humano comum, faz com que a classe intelectual não tenha relevância nenhuma para aldeia, para vila, para a cidade ou para o mundo.
As pessoas tem um prazo de vida diferente em alguns lugares, porém se colocarmos na média de 70/80 anos, ninguém se importa pra onde vai e de onde vem. De uma forma geral o desejo é comprar, gastar, se divertir, sexo e quando não se pode evitar, chorar.
A pessoas desejam apenas segurança nesse processo chamado vida. Questões existenciais servem apenas para “gurus” e “pseudo intelectuais” ganharem dinheiro vendendo palestras. Falando o logico, para pessoas que não querem fazer o obvio.
O buraco profundo da filosofia, apenas faz perguntas rasas, quem não motivam o giro da roda, com dizeres enfadonhos e decorados. Por estas razões, quando a crise da existência bate à porta, os reles mortais buscam refúgio e respostas na religião.
Ninguém acostumado com a rotina, está preocupado com a história do universo. Apenas em ser feliz, sem ter que exercer sacrifícios. Animais nascem, vivem e morrem em ciclos viciosos. O ser humano por se dizer “racional”, não raramente esquece, que também possui os mesmos instintos de outros tantos que habitam a terra.
Por não compreender essa realidade é que vemos um meio intelectual ressentido, buscando sempre afirmação sobre os demais. Colocando-se como arauto da sabedoria, por vezes acreditando que seu intelecto deva ser mais valorizado que a mão de obra de uma gari ou faxineira. Mesmo que no mundo em que habitamos não vivemos sem os dois últimos. Porém o primeiro se torna totalmente dispensável em tempos de crise.
A filosofia do povo baseia-se no dia a dia, no café, almoço e janta. Entre um ônibus e outro a caminho ou volta do trabalho dá-se ao luxo de questionar sua insignificância no universo. E acaba sempre sendo interrompido pela chega no ponto final.
O mais perto possível de mitologias e literatura universal que as pessoas comuns chegam, é quando autores de novelas acrescentam em suas tramas tais fatos. Fazendo o público de uma forma geral acreditar, ser inédito o que se passa na tela da tv.
Universidades acabam sendo pequenas ilhas, aonde pessoas saciam-se lambendo o próprio saco na expectativa de serem elogiado por esse gesto. É por isso que especialistas sempre erram suas previsões, o universo intelectual sempre habita a orbita do universo real, mas nunca funde-se com ele, ficando aquém realidade das pessoas.
Na filosofia do povo, ganha dinheiro e atenção o banal. Aquilo que nunca sai do lugar, porque quem trabalha pra sobreviver, não tempo de ler pra se entreter.

Pablo Danielli

quinta-feira, 25 de outubro de 2018


[Morto]

Morto
Sem ter aberto os olhos.
Sem ter sentido o gosto
Da vida na boca.
Morto
Sem ter o nome lembrado.
Sem imaginar o que é afeto.
Apenas a violência dos gestos,
O desespero da sobrevivência
Em meio ao luto diário.
De uma miséria penetrada na carne,
Que exala dor e odor do caos disfarçado
Que carinhosamente chamamos de tempero.
Morto
Das ordens que nunca cessam.
Refém do silêncio,
Que assombra a noite.
Dos sonhos que viram pesadelos
Por desejos nunca satisfeitos.
Morto
E isso basta.

Pablo Danielli

quarta-feira, 24 de outubro de 2018


[Novos velhos]

Os novos velhos
Não desejam rédeas ideológicas,
Tão pouco, obedecer anciões...
Com novas ganâncias.

A lógica que surta, através da rotina,
Esperando por respostas que nunca chegam.

O tempo do relógio, sempre está em descompasso,
Com o desejo do infinito...
Mesmo que tenha um fim em nós.

Número de certidão, RG e CPF.
Números de placas, endereços e amores.
Número de Obituário.
Contando a vida, sem que alguém se importe.

Tanto faz o sentido daquilo
Que nunca está lá...

Tanto faz, o desejo que nunca se satisfaz.
Tanto faz se a engrenagem gira sem parar...

Os novos velhos
Querem se encontrar.

Acreditando nas recompensas
Ao se arriscar no abismo de nossas consciências.

O desespero de quem abre os olhos
E percebe que o norte está invertido.

Zona de conforto
Que escondem meias verdades,
Descobrir-se nu
Sem cordas para se salvar...

E dar um passo adiante,
Aceitando nossas limitações.

A eternidade que se encontra na liberdade,
Para os novos velhos, não morrerem de tedio,
Ou terem motivos pra se revoltar.

Recomeçar
Recomeçar
Recomeçar.

Pablo Danielli

terça-feira, 23 de outubro de 2018


[Preço]

Pelo que, você vendeu seu corpo hoje?
Seus joelhos estão ralados,
Por desejo, humildade ou prazer?
Quanto dinheiro foi capaz de comprar sua honra?
Quantos likes fizeram você tirar a roupa?
Que banalidade fez seu mundo girar...
As sirenes do caos, tocam no seu ouvido?
Ou é apenas seu ego, pedindo mais...
Qual a marca que veste seu caráter?
Qual o restaurante que te serve boas fotos?
Qual o santo vai te salvar do pecado,
Quando mesmo a luz do dia...
Sua ganância, engole o que ainda existia da humanidade.
O cheiro da pobreza te causa náuseas?
Ou o cheiro do teu corpo...
É forte o suficiente pra te fazer especial?
Quantas vezes você treinou o sorriso no espelho,
Enquanto você ignora o que acontece ao seu redor?
Um futuro brilhante...
Para pessoas que brilham apenas pelas suas vontades.
Cheias de certezas fúteis,
Que não fazem o universo girar.
Quem você salvou hoje?
Esperando receber elogios
Por ser alguém engajado,
Em se autopromover.
Um pop star, das redes sociais?
Ou alguém, que disfarça a solidão...
Colocando preço
Em tudo o que faz.

Pablo Danielli

sexta-feira, 5 de outubro de 2018



[Destempero] 



Para o homem... 

Os sapatos, são mais importantes que os pés. 

Os anéis, mais necessários que os dedos. 

O preço da roupa, define o tamanho da fila. 

A fama é passaporte para as certezas, 

E a dúvida, apenas pra quem tem fome. 

É importante, quem tem nome nas revistas. 

Mesmo que seja por cinismo... 

Ser “descolado” é depender dos próprios pais, 

Problematizar na web é passatempo de quem vaga nas horas. 

Realidade só bate na porta de quem sobrevive, 

Perdendo tempo, sendo jumento de um estado social. 

Enquanto a honestidade parece ser item raro 

Em uma sociedade de ideologias recicladas. 

Gravatas bonitas 

Acompanhadas por discursos vazios, 

Fé cega, que cega até quem se diz “pensante”. 

No circo da mídia 

A vida é prato raso, servida morna... 

Com destempero casual dos jornais. 

O cheiro do ralo, 

Não afeta condomínios fechados, 

Porque podre é quem não tem rosto 

Em um mundo feito de fotos falsas. 

Os profetas contemporâneos 

Vendem livros sem solução, 

Repetem discursos batidos 

Pra fugir da realidade, evitar o obvio... 

Que aflige de Sócrates ao seu Zé povão. 



Pablo Danielli

quarta-feira, 12 de setembro de 2018


“A cadela do fascismo está sempre no cio”. Mas é a cadela do comunismo que está sempre prenha! E volta e meia deixa filhotes em forma de ditadores, políticos e “isentões” em países subdesenvolvidos.   

Pablo Danielli

terça-feira, 4 de setembro de 2018



[Carniceiros]

Na escuridão, 
A espera, a espera...


Uma cadeira velha, 
Uma janela quebrada.

Casa, que não é lar,
Tão pouco, morada...

Uma cidade presa, 
Na calada, da noite.

Gritos se escondem, 
Em becos escuros,
Batizados pelo mijo, 
Sangue de bêbado.

Corpos protegidos, 
Pela fé, Pela sorte,
Por paredes erguidas pelo medo.

Suor, lagrimas ou acaso?

Realidades maleáveis... 
Sonhos manipuláveis...

Jornais que batem à porta,
Trazendo números,
Mais um morto, mais um morto.

Carniceiros se amontoam, 
Sobre manchetes que escondem o chão.

Tudo serve de espetáculo, para chamar atenção.
A alma podre é um prato cheio,
Para aqueles que vivem...
De desilusões.

Em cidades de concreto e asfalto,
O sangue rega o pouco da terra,
Em forma de perdão.

Um desconhecido.
Um amigo.
Um irmão.

Carniceiros veem pequenos presentes
Como oferendas a um rei morto,
Manipulação.

O cheiro já não incomoda,
Ter um Deus pouco importa,
Faces perdidas pelas ruas,
Aflição.

Tempo que escorrega pelas sarjetas,
Levando a dignidade...

Dilacerando o pouco de humanidade,
Ombros que carregam o mundo,
Sucumbem ao umbigo.

Estar vivo, estar morto,
Já não importa mais.

O ar já não é fresco,
A agua tem um gosto insuportável
Da verdade.

E o que mais cresce,
Em meio ao silencio,
São os campos da morte.

Chora a criança,
Desespera-se o jovem...
Lamenta o adulto.

O miserável apenas sobrevive,
As favelas apenas sobrevivem,
Bairros nobres são como prisões,
Vigiadas, assistidas e impossíveis de chegar,
Que resistem em meio à realidade assistida.

O mundo não para...
O universo não para...

Não é tua a verdade,
Não é minha a mentira.

Há muitas coisas não ditas,
Existem muitas palavras distorcidas,
Que não se explicam.

É a chuva que afoga,
O sol que castiga,
Culpa da vida que não tem dono.
Culpa da dignidade que tem preço.

O sexo não dá prazer...
O coito não dá gozo...
A boca não seduz...

São apenas feridas,
Desejos da carne, 
Que já não se satisfaz.

Rotina, rotina, rotina.

Nada surpreende,
A vida é banal.
A morte é casual.

O que importa é o clique,
A audiência que gera a cifra,
Ceifadores da discórdia.

Mesmo que seja necessário,
Culpar, sem se desculpar.

O que importa da história
É o começo e o fim...

O meio se justifica,
Como propaganda,
Como desculpa,
Números na conta.

O cheiro do esgoto...
O cheiro da merda...
O cheiro das ruas...

Tantas realidades,
Que se misturam.

Animal, animal, animal...

Em meio ao ato civilizatório 
Somos todos irracionais.

Primatas que acham que o cheiro, 
Dó próprio cú é perfume,
Que o arroto é música,
E que o pinto e a buceta,
São do tamanho do nosso ego.

Orgulho que nos manipula.
Fé que nos cega.
Vaidade que nos corrompe.

Somos todos escravos,
De diferentes verdades.
Somos todos prisioneiros,
De nossas próprias ironias.

Somos todos mortos vivos,
Carniceiros, apodrecendo, escondidos,
Na escuridão...

A espera, a espera.

Pablo Danielli

sábado, 1 de setembro de 2018

[Noite dos cachorros perdidos]

Enquanto o latido
Toma conta das ruas,
Restos são jogados
Como banquete.
Na tentativa
De amordaçar,
Bocas famintas.
Como uma sinfonia absurda
A raiva espumando pela boca,
Já contamina as diferentes formas de vida.
Dessem-lhe pauladas!
Duchas generosas de agua!
Por um breve momento recuam
Mas fome é tanta,
Que seu amo assustado recua.
Corre e com medo se esconde,
Atrás de falsas propagandas
De alegrias gratuitas.

Pablo Danielli

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

[O Poço]

No fundo do poço
Estava a vida...
O pouco da dignidade,
E um resto de amor.
As palavras presas
Entre as paredes,
Faziam afogar.
A esperança...
Era como um muro alto,
Intransponível.
E o fundo do poço,
Era morto, sem luz...
Por que há muito
Os olhos não veem ou brilham.
Ninguém era capaz de ouvir ,
Os gritos eram tão fortes,
Quanto a indiferença...
De quem por ali passava.
Usado pela cidade,
Desprezado pela sociedade,
Esquecido como um eco...
Preso na memoria.
Antes fonte de vida,
Agora, agoniza.
Porque todo ser que ali bebeu
Esqueceu-se de retribuir,
Por que uma vida,
Só deixa de ser fonte,
Quando é apenas usada...
E esquecida.

Pablo Danielli

sábado, 25 de agosto de 2018



[Mulher]
Que direitos são estes que ferem
Não só o corpo, mas a alma,
Que luta é essa que maltrata
Dilacera a coragem, faz crescer o medo?

Que culpa tão grande é essa
Que faz desejar não viver,
É a beleza, o aroma ou o sorriso encantador?
Seus cabelos ao vento, não podem servir como chicotes!

Um silencio, que fere!
Dilacera e maltrata.
Mas os olhares tão tristes
Com esses dias tão incompreensíveis
Não fingem.

Existe vida além-mar?
Existe esperança além da dor?
Existe força aonde só há terror?

Tantas perguntas em um corpo tão frágil
Capaz de fazer surgir à vida,
Mas ainda incapaz
De viver com a dor.

Não é pela violência sofrida
Não é pelo desespero nela contida,
Não é pelas marcas que não cicatrizam!

É pela alma ferida
Pela pureza perdida
Pelo corpo que deveria receber
Somente o calor
E sentir apenas o amor.

É o direito de viver
De ser feliz,
Que alguns ainda não conseguem
Se permitir.

Pablo Danielli

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

[Democracia]
Quando ouvi os gritos,
Tampei meus ouvidos.
Quando senti a fumaça,
Cobri meus olhos e nariz.
Quando o sangue respingou em mim,
Apenas lavei minhas mãos.
Quando a minoria estava nas ruas,
Tranquei-me na sala e liguei a tv.
Enquanto o governo coagia,
E a policia batia, minha omissão falava.
Com a coleira de ajuda e salários mínimos,
A sociedade me oprimia.
Só percebi que o caminho não tinha mais volta,
Quando amanhecia o dia.
Manchetes de jornal em sua maioria,
São sempre as mesmas e vazias.
Eu morria sem envelhecer,
Escravo de um sistema brutal,
Disfarçado de democracia.
A ilusão vendida à conta gotas,
Esmola para mentes vazias,
E isto sem perceber, havia me custado uma vida.
Pablo Danielli

terça-feira, 14 de agosto de 2018

"Os piores erros que cometemos , não são aqueles que nos custam dinheiro. 
São os que nos custam tempo, o dinheiro se recupera... Os dias perdidos não".

Pablo Danielli

sexta-feira, 3 de agosto de 2018



Brasília é uma ilha
Cercada por uma mar de indigentes.

Por moribundos escravos...
Calados, invisíveis acorrentados
Aos impostos do estado.

Mão de obra barata
Para enriquecer paletós,
Sem caráter e gravatas importadas.

Brasília fica fora do mapa
Porque no brasil de verdade
A miséria faz escola.

E na escola da vida
Só o número de votos importa.

Enquanto a Receita
Fiscaliza seus gastos,
E fecha os olhos
Para os poderosos.

O congresso é um reino
Aonde o luxo e a falta de vergonha,
Não faz diferença em meio
A tanta gente bacana.

No bacanal da realeza
Ri, quem fode o povo...
Toda a semana.

A velha política,
E a nova política...
Tem o mesmo sobrenome
Correm nas veias o mesmo sangue.

É terra da justiça com preço
E a liberdade é moeda de troca,
Entre ministros preocupados
Com o valor da próprio toga.

Brasília não cabe no jornal
É tanta gente corrupta,
Que marca com rastro de lama...
O eixo monumental.

Os lacaios do Brasil
Sucumbem a Brasília!

Enquanto artistas e pensadores
Brincam de engajamento político,
O dinheiro vai pelo ralo...
Sem se importar com corpos,
Em hospitais quebrados.

Porque o que importa
É a verba da propaganda,
Propina pra fechar os olhos
Patrocínio pra moldar mentes!
Manchetes de revistas,
Polêmicas da semana.

Pablo Danielli

terça-feira, 24 de julho de 2018



[Enlatado] 



Pensadores 

Que vendem frases prontas, 

Especialistas 

Que não entendem a demanda. 



Governos que 

Sugam a manada. 



Propaganda, 

Com artistas que pensam ter 

A verdade nas palavras. 



Pequenas ilhas de hipocrisias 

Vivendo em mundo de fantasias, 

Aonde a realidade do dia a dia 

Não se ouve, não se vê... 

Causa alergia. 



Nada causa mais espanto 

Quem uma falha na engrenagem, 

Fazendo do horário comercial, algo especial... 

Enquanto se procura outra forma 

De se manter o privilegio, 

Sendo capa de jornal. 



A pobreza do homem 

O espirito quebrado, 

A ausência da mente... 

É um banquete, 

Para aqueles que se dizem coerentes. 



Livros de autoajuda, 

Palestras repetidas 

Incansavelmente. 



Conta-se nos dedos 

Seres que se dizem intelectuais, 

Que conseguem pensar com a própria mente. 



Tudo faz parte do esquema 

E o povo não tem convite, 

Para o banquete. 



Faz de conta, 

Na terra em que a verdade não se planta... 

Porque a miséria não é só do de comida 

Mas da mente, que com pouco se encanta. 



Fingir se importar 

Dá likes em redes sociais. 

Patrocínio de marcas, 

Comportamento exemplar... 

Discursos bonitos, 

Viram manchetes em sites globais. 



Tudo superficial 

Porque lá no chão 

Aonde sapatos caros não pisam 

Tem o povo, a realidade... 

Que se repetem todo dia. 

Medos e agonias... 

Fantasmas de uma gente sofrida. 



O suor causa nojo 

Em quem vive de ideologias. 



Como ser alguém 

Se o tempo não existe, 

Para aqueles pessoas 

Que são reféns da pobreza, 

Da falta de escolhas 

Aonde a única certeza 

É a morte... 

E uma vida de sobras, 

Daqueles que dizem se importar, 

Indignados, “mudam” sem sair do lugar. 



Produtos enlatados 

Com fórmulas prontas, 

Classificados de acordo 

Com o padrão social. 



Não se tem o direito de querer 

O que está além da embalagem, 

Porque o privilégio de ser ... 

É de acordo com o círculo social. 



Migalhas de um discurso bonito 

Falsa esperança, na expectativa 

De mudar apenas a data do calendário... 

Enquanto no país do samba, 

O certo, é que continue tudo exatamente no mesmo lugar. 



Pablo Danielli

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