segunda-feira, 26 de novembro de 2018


[Curtido]

O chicote das palavras,
Escraviza línguas levianas.
Como um véu, cobrem
Os olhos da indiferença.
Jaulas, feitas para a voz ...
Lacradas por correntes
Ideológicas.
As lanternas,
Mesmo em mentes escuras...
Não são capazes de conter o efeito manada.
Joelhos fracos,
Se curvam diante de silabas
Mal escritas.
Todo universo pensante
Se afoga!
Em meias palavras...
Meias verdades...
Vendidas a conta gotas,
Em programas de auditório.
Folhetos baratos
De fim de feira,
Anunciando o ‘intelectual” da semana.
A vaidade, ainda é o centro do universo...
Que como um pendulo,
Lentamente rasga o papel como carne.
Porque a tinta da caneta
Se mistura ao sangue,
Daqueles que sem voz
São reféns,
Dos que se dizem pensantes.

Pablo Danielli

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

[Caminhar]
Não podemos ser,
Aquilo que não estejamos dispostos
A viver.
Os passos
Não nos levam, 
Além dos calos que podemos suportar.
Embora a imaginação permita...
É o corpo, que precisa do ato para nos satisfazer.
Olhares perdidos no horizonte
Nem sempre significam paz.
Por que asas,
Pertencem aos pássaros.
E mesmo em dias de tempestade...
Ao ser humano,
Está reservado o caminhar.

Pablo Danielli
[Palavras]
Fala boca!
Fala para teus amigos,
Para os teus inimigos?
Mas fala...
Não te cala diante das duvidas,
Não silencia no teu medo...
Agride o vento,
E profere contra ele,
Palavras!

Pablo Danielli

terça-feira, 20 de novembro de 2018

[Mordaça]
A palavra,
É uma expressão da vida.
O silencio,
É uma expressão da morte.
A palavra que é pensada,
E não é dita...
Já nasce morta.
A palavra dita sem pensar,
Afoga-se...
Pois não significa nada.
Da mesma forma,
Que os pulmões, necessitam do ar,
A boca, também necessita de mordaça...
E em algum outro momento,
A oportunidade da fala.

Pablo Danielli

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

[Sete heresias]
Sete corações 
Cantam uma canção,
Um dia sobre o amor...
E outra sobre perdão.
Um servia de guardião
Os outros seis,
Para sentir emoção.
Um coração para cada pecado
Um pecado para cada dia,
Por meio de fantasias,
Iam fazendo a vida.
Sete corações 
Que escondem um segredo,
Um guarda a chave,
E os outros serviam de espelho.
Sussurram por vinte e oito paredes,
Os segredos escondidos da mente...
Condenado pelo corpo
Por heresia...
Queimavam amor,
Enquanto podiam.
Sete corações 
Que estavam a sete palmos,
Mudos, os tolos cantavam...
Mas com sentimentos eternos
Que nunca calaram.

Pablo Danielli

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