quinta-feira, 23 de janeiro de 2020


[Queda]

O olhar lascivo
Corrói a penumbra,
Todos os cheiros...
Todos os dedos...
Carne, insaciável.
Selvageria disfarçada,
Sombras de submissão.
Paralisia da mente
Afogada em vício,
Silhueta de roda gigante.
Frenesi, histeria, melancolia...
Transpiração.
Boca, tensão, palavras.
Um pulo cego,
Gemido.
Noite, desejo, recomeço.
Ego inflado, domado
Por outra tara.
Vazio
Vazio
Vazio
Um luz apagada
Uma janela fechada
Corpos desconexos
Medos preenchidos
Com sexo,
Mais nada.

Pablo Danielli

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

[Invisíveis]

Há dois tipos de amores
Dos quais não se pode viver.
O que se perdeu,
E o que ainda não chegou.
O primeiro...
É uma lembrança cheia de retalhos,
Adocicada pelo tempo.
O segundo...
Apenas uma expectativa,
Cheia de falsas memorias
Do que ainda não se sentiu.
Armadilhas certas para corações pulsantes.
O único amor possível de se contemplar
É o que nossos olhos podem ver.
Por isso o relógio parece nos deixar tristes.
Estamos sempre um tic à frente,
Ou um tac à trás do que podemos sentir.
Mas raramente,
Em mesmo compasso com nossa realidade.
Amarras frágeis,
Que sufocam a alma.
Assim, sem perceber...
Amores possíveis,
Se tornam invisíveis.

Pablo Danielli

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