sexta-feira, 27 de setembro de 2019


[A hora mais escura]

Está é a hora mais escura,
É a lama, no fundo do poço.
A mão tremula do atirador...

O medo da incerteza
Solto no ar.

Esse é o momento
Que não cabe no calendário.
É o silêncio...
Que se faz, quando todas as máscaras caem!

É quando a venda, era apenas fantasia
E a justiça...
Já estava há muito tempo corrompida.

A mancha que não sai corpo,
É o medo,
É o medo do povo...

Essa é a hora que os discursos bonitos desmoronam,
São os pés de barro, dos falsos arautos,
Manchando de sangue as sobras da dignidade.

Essa é a solidão da fé,
É o sussurro quem ninguém ouve...
Reféns, um país mantido em cativeiro.
Esse é o momento do passo em falso,
Do desiquilíbrio constante.

Aonde o poder encontra
Em certas cascas,
O dinheiro como amante.

É quando a razão vira loucura,
Um título e uma caneta
Tem mais poder que um ditadura!

Essa é a hora mais escura
Aonde as sombras ganham formas,
Quando o vazio se torna cheio...
E nada mais surpreende o desespero.

Pablo Danielli

quarta-feira, 25 de setembro de 2019


[Urubus]

Os urubus estão à espera...
Sentem o cheiro do medo,
Observam de cima o sofrimento.


Na miséria que vira rotina,
Na rotina que contamina.


Os urubus sempre parecem distantes
Gostam quando tudo está calmo.


Os urubus, sobrevoam Brasília! 


Atrás da carniça...
Que hoje são restos de poder,
Disfarçados de propina.


Longe dos olhares do povo,
Distante da realidade.


Hoje! Essas aves, são senhores do estado!


As penas pretas,
Como um manto, escondem seu caráter...
Suas garras sempre sujas...
Seus olhares atentos,
Não são capazes de esconder o cheiro...
Reis, em um país de miseráveis.

Pássaros! Que não largam velhos hábitos.



Os urubus contemporâneos são vaidosos!
Gostam de palavras bonitas, ego inflado, exclusividade,
Sala reservada, caviar, vinhos caros.

Aves sujas, com gostos sofisticados!

Urubus, urubus, urubus...
De cabeça vermelha, de cabeça preta...
Ou até mesmo brancos!

A cada bater de asas
A podridão é revelada!

Entre tantas excentricidades
Ter o povo, como escravo...

Pablo Danielli



quinta-feira, 19 de setembro de 2019


[Fantasma]


Sou um fantasma...
Amedrontado pela realidade,
Que finge ser em outros rostos,
O que não é, na frente do espelho.
Cuja luz, não queima...
Cuja sombra, não refresca...
Forma despercebida
Que tão pouco as certezas,
Conseguem sustentar.
Um farelo perdido no tempo.
O vapor que queima do asfalto.
Como um incomodo, que não tem voz...
Um desejo que nunca se realiza,
Quase morte, quase vida.

À deriva...

Sou um fantasma,
Que habita o próprio corpo,
Fuga daquilo que se diz vida.

 Pablo Danielli

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