quarta-feira, 26 de abril de 2017

(Cinco Poemas)

Fiz cinco poemas para você
E todos falavam de amor,
Com direito a frases prontas e criações próprias,
Cada poema representava uma fase de nossas vidas
Cada fase um sorriso, um lagrima e uma linha.

Explicando porque nosso dia a dia
Não era monotonia, era uma aventura,
Louca e divertida, que somente a gente entendia.
E ninguém mais sabia e nem imaginava,
Os dias que agente passava.

Fiz este poema, usando todas as letras,
Tive que buscar inspiração nas estrelas,
Para escrevê-lo e lê-lo para minha princesa.
Encanta-la e fazer dela rainha e bela,
Com as flores que só nascem na primavera.

Fiz estes cinco poemas, pensando em ler,
Para todo mundo ver e saber, que meu amor por você,
É muito mais que um bem querer,
É para sempre amarrado e gravado,
Em nossos corpos marcados.

Nas folhas deste livro estarão
Guardados além de nossos corações,
Cinco poemas de amor,
Que soaram com quatro canções,
E uma oração de amor.

Pablo Danielli

quinta-feira, 20 de abril de 2017



[Noite dos cachorros perdidos]

Enquanto o latido
Toma conta das ruas,
Restos são jogados
Como banquete.
Na tentativa
De amordaçar,
Bocas famintas.
Como uma sinfonia absurda
A raiva espumando pela boca,
Já contamina as diferentes formas de vida.
Dessem-lhe pauladas!
Duchas generosas de agua!
Por um breve momento recuam
Mas fome é tanta,
Que seu amo assustado recua.
Corre e com medo se esconde,
Atrás de falsas propagandas
De alegrias gratuitas.


Pablo Danielli

terça-feira, 18 de abril de 2017


Pulso;

A cidade Pulsa...
A cidade, pulsa...
Pulsa, pulsa, pulsa.
Mesmo quando,
Ninguém vê.
Mesmo quando,
Ninguém sente.
No dia, na noite...
Em meio a rostos estranhos.
Pulsa!
Mesmo quando o barulho,
Não permite ouvir.
Mesmo quando o ódio,
Não permite enxergar.
A cidade, pulsa...
Nas suas veias abertas,
Esconde-se a vida,
E a morte, em forma de esgoto.
Rico, pobre,
Branco, negro...
Tantos nomes, tantos corpos.
Que a cidade faminta,
Apenas os engole,
E pulsa...



Pablo Danielli

quarta-feira, 12 de abril de 2017



[No mês que vêm]

Todo dia, escuridão!
Toda manchete, um tapa!
Toda injustiça, um tombo!


A morte das certezas,
A duvida da justiça.

E agora José?

A honestidade falha,
O governo corrompe?
A população alienada?
Nada faz, nada faz...

Canibalismo a nível social,
Pré-conceito como resposta formal.

Aonde erramos a curva?
Aonde deixamos tudo ficar como esta?

E agora João?
O que fazer Maria?

Não há para onde correr,
A casa é uma prisão...
As ruas da liberdade,
Tem o preço do sangue.

Trabalhadores inocentes,
Assassinos, covardes e ladrões!
Impossível identificar,
Aonde só existe solidão.

Aonde uma pátria se esconde,
Atrás de uma chuteira...
Pé na bunda, parece brincadeira!

Justiça para que?
Justiça para quem?

Acreditamos sempre no discurso na tv,
Aceitamos o dinheiro como verdade,
E quando nos damos conta, a “conta”? Vem!
Em forma de eleição...
Em pacotes de desdém.

Na falta de leitos
O leito da morte,
Faz mais um refém.

Enquanto fechamos os olhos
E esperamos que as coisas melhorem,
Sempre no mês que vêm.

Pablo Danielli

sábado, 8 de abril de 2017


[Ilusão]

Entre um gole
E outro de falsa ilusão,
A realidade rasga a garganta
Do pobre cidadão.

Pablo Danielli

sexta-feira, 7 de abril de 2017


[Mordaça]

A palavra,
É uma expressão da vida.
O silencio,
É uma expressão da morte.
A palavra que é pensada,
E não é dita...
Já nasce morta.
A palavra dita sem pensar,
Afoga-se...
Pois não significa nada.
Da mesma forma,
Que os pulmões, necessitam do ar,
A boca, também necessita de mordaça...
E em algum outro momento,
A oportunidade da fala.


Pablo Danielli

quinta-feira, 6 de abril de 2017


Saber


Fecha tua boca
Para o conhecimento entrar,
Deixa tua mente flutuar.
Ocupa o vazio do olhar
Com o (real)izar.
Deixa tua fome e sede
Não ser apenas física,
Permite-se apetite...
De saber, sede de viver!
Não se acostume em ser apenas um corpo,
Libere o lado humano, sufocado e escondido,
Compartilhe e abuse do saber.


Pablo Danielli

segunda-feira, 3 de abril de 2017

[Tosco]

Tosco!
Não vê que riem de ti?
Tua cara deformada...
Manchada pela vergonha da miséria,
Ainda achas solução para tudo!
Pesa teu choro, põe tua mascara de palhaço e vai à luta!
Não te envergonhes de teu nariz pintado...
Não são maiores que tuas costas largas.


Pablo Danielli


domingo, 2 de abril de 2017

[Majestoso momento]


Do pó que se levanta aos poucos,
Das longas passadas dadas,
Em movimentos que parecem estar
Além da nossa compreensão...
Parece flutuar junto com pedaços de gramas
Arrancados pelos artistas, em um palco sem igual.
Do suor que cai aos poucos, mistura com a roupa suja,
A adrenalina de um momento que parece ficar congelado,
Em mentes que observam atentas a tudo.
Ecoa o grito de um guerreiro, 
Que comemora a vitória sobre seus adversários,
E a conquista de um novo reino...
Absoluto e majestoso o momento do gol no futebol.




Pablo Danielli


sábado, 1 de abril de 2017


[O amor supera tudo]


Como dois amantes,
Caminhamos pelas ruas, entre muros pichados da cidade,
Contemplando toda desigualdade,
Com o céu de testemunha das lagrimas e de nosso amor.

Pelos becos escuros, famigerados,
Sem tetos e famintos, observam
A soberba, fartura de nosso amor.

O mau cheiro das sarjetas,
Este, já não nos atrapalha mais,
E assim, passeamos por praças quebradas,
Mal iluminadas e abandonadas.

Contemplamos a beleza de ser diferente,
Em um universo igual.
E pelas calçadas esburacadas, chegamos ao nosso destino final,
Para nos amarmos ao som de balas cruzadas,
Em meu apartamento de vinte metros quadros,
Distribuídos entre sala e quarto,
Na periferia da cidade.

Pablo Danielli

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