quarta-feira, 26 de março de 2014

O plano

O plano.

O plano
Era usar as palavras,
Era gastar sem ninguém perceber.
Fazer propaganda com palavras bonitas
Usar a manipulação da tv!
O plano era simples
Composto por pessoas simples,
Mas com gostos complexos em excesso.
Era erguer um muro
De ideologias e falsos dizeres,
Para se defender.
O plano sempre teve na pauta
A palavra reeleger...
Afogar a cultura...
Matar o pensamento...
Transformar o povo em um jumento!
O plano...
Sempre foi distrair.
Com alguma discussão vazia,
Enquanto milhares morrem,
Em filas, de fome, alucinação coletiva?
Mata mais que a guerra fria!
Era um plano perfeito
Feito para políticos de respeito,
Que excluía qualquer tipo de sujeito
Que luta por cidadania.
O único problema do plano
É que ele não sacia,
O apetite voraz de quem escraviza.

terça-feira, 25 de março de 2014

Libertar



O amor,

Não se pode afogar...

Nem em lagrimas,
Tão pouco em sorrisos,

Ele sempre foge,
Quando sufocado.



Seja para se libertar,

Ou para se esconder.



Diz-se das paredes
De um coração vazio...

Apenas sangue não serve.



Criam-se musgos,

O amor lava-o,
Mas não o preenche.


Por que amor sem desejo,
Sem carinho e sem crer...
Não tem força.


É necessário ter a volúpia da fé.



Pablo Danielli

segunda-feira, 24 de março de 2014

A ESTUPIDEZ HUMANA


https://www.facebook.com/pages/Pablo-Danielli/135413313230522



As correntes foram deixadas de lado no tempo da escravidão, mas continuamos todos amarrados pelo nosso preconceito diário, nas pequenas coisas, que alimentamos com palavras e olhares. Sem nos darmos contas, essas pequenas coisas se tornam grandes, com a capacidade de destruir um ser humano.


Nenhuma pessoa nasce racista, ela aprende a fazê-lo no seu dia a dia e com exemplos geralmente de pessoas que servem de espelho. Somos uma sociedade racista não apenas no que se diz respeito à raça, mas somos em um todo, nas pequenas coisas... Classe social, hierarquia, religião, opção sexual, entre outros tantos que poderia ser citado, o que não falta é “motivos” para ter tal atitude.


Somos um aglomerado de pessoas, cuja conveniência optou por chamar de sociedade. Existe racismo até mesmo nestas palavras ao descriminar a opção de liberdade de escolha e liberdade de expressão, mesmo que isso signifique palavras de ódio ou propagação de violência.

O preço dessa estupidez humana é a escravidão pelas palavras, que muitas vezes tem o mesmo peso que um chicote, aonde não deixa marcas para serem vistas, mas dilacera o intimo, deixa qualquer pessoa destruída por dentro.

Em uma sociedade aonde o dinheiro dita a regra, pessoas com menos poder aquisitivo, em sua maioria são vistas como inferiores, por não terem uma boa educação, acesso a cultura e “diversão” que se pode pagar.

O que nos leva a uma questão muito interessante, se em teoria quem tem mais acesso e melhores condições, ao desenvolver sua educação e cultura, deveria lutar para que seus iguais tivessem o mesmo direito. Mas o que se observa, são pessoas lutando para ter cada vez mais e deixar outros tantos com cada vez menos.

O racismo demonstra todo o individualismo que escondemos dentro de cada um de nós. Ao pratica-lo nos colocamos em uma condição superior, imaginada apenas por nós. Fechamo-nos para a sociedade para nos proclamarmos senhores da razão e os outros que se danem.

Somos hipocrisia no mais puro significado da palavra, se antes tínhamos as correntes, hoje temos as palavras, se antes tínhamos chicotes, hoje temos os olhares de desprezo e se antigamente tínhamos casa grande e senzala, hoje infelizmente temos o dinheiro, muros altos e condomínios para não nos misturarmos.

O nosso preconceito sufoca não somente adultos, mas crianças que mesmo antes de nascerem, já estão fadas a falta de coerência da raça humana. E passado tantos anos, tantos séculos parece que ainda não encontramos uma forma de deixar nosso ego e vaidade de lados em prol de um bairro, cidade, estado ou país com mais sorrisos ao invés de lagrimas.

Temos que reaprender a viver, a sentir, amar e perdoar. Temos que redescobrir nossa humanidade, mesmo que para isso, se acabe o tempo de vaidades. Para não perdemos nossa tão aclamada “racionalidade”.

Pablo Danielli

quinta-feira, 20 de março de 2014

A voz

A voz

Já...
Não fala mais,
A voz, que calada,
Se prende, a dor.
Enrosca na garganta,
Por entre cordas vocais
E letras, mudas...
Que choram.
Lagrimas que apenas,
Suas entranhas podem ver.
A selvageria das pessoas,
A acuou por entre vírgulas e pontos.
De fraca, quase não se ouve!
Perdeu a coragem, pela falta de passagem,
Desbastaram-na!
Taxaram como dissimulada,
E sem ouvidos para tocar,
A voz, perdeu a razão.



Pablo Danielli

quarta-feira, 19 de março de 2014

O som do silencio



http://lounge.obviousmag.org/palavras_soltas/2014/01/o-som-do-silencio.html


Alguns sons e sentimentos rompem o imaginário, às vezes gritam de uma forma única que somente quem o sente pode perceber.

Detalhes quase imperceptíveis, rompem de forma brusca a harmonia que existe no silêncio.

O espumante espalhado pelo chão molhava a ponta dos pés, do corpo que estava estendido em meio ao quarto bagunçado. A janela, entreaberta permitia que a chuva tocasse os papeis rasurados em cima da mesa.


Molhando palavras sobre o amor, alguma coisa sobre a dor. Lavando o que o silencio escreveu, como a pessoa não conseguiu fazer. Limpando os sentimentos que estes estavam sujos.


O vento que rompia a cortina fazia dispersar o odor, da vida, da morte e do sexo casual. O toca discos não conseguia seguir para a próxima musica, ficava repetindo o verso riscado do “LP”, em forma de um blues lento e dramático.


Assim como muitos pensamentos antes de transpor a porta do quarto, riscavam a mente de forma repetitiva.


A marca de dedos no espelho, as roupas amassadas em cima da cama, a meia luz deixando um clima intimo e tenso. Um som destoa o equilíbrio do ambiente, sutilmente uma voz rouca canta versos, de maneira imperceptível a outros corações.


Seus pés moviam-se de forma firme e lenta, em direção ao corpo estendido no chão. Os dedos ásperos pressionavam o dorso e as coxas, quase que rasgando a pele como seda.


Deixando suspenso no ar um amontoado de sentimentos, jogando de forma brusca sob a cama e em um gesto impensado de desapego carnal.


Os olhos despertam, enquanto a boca lentamente desfere um beijo, que como arma abate qualquer reação desnecessária. Alguns silêncios são mais intensos que qualquer palavra, falam muito mais que algumas paginas rabiscadas.


Alguns silêncios rompem o espaço, preenchem o vazio deixado, completam um olhar.


Alguns silêncios rompem a noite e falam por si só. Alguns silêncios são como um beijo que desafia a vida, como o amor que desafia a morte. Amor que mata e também liberta, que ressuscita em noites frias ou dias quentes.




Pablo Danielli

segunda-feira, 17 de março de 2014

Simples

A vida é simples...
Simples como um sorriso,
Simples como uma lagrima.
Simples como a alegria,
Simples como a tristeza.
Difícil na verdade...

É tentar compreendê-la .

Pablo Danielli

quinta-feira, 13 de março de 2014

Ontem

Ontem foi,
Ontem está,
Ontem será.

Promessas, palavras, desejos.
Desespero, erros, acertos.
Passado, presente, futuro.

Misturados na cabeça
Bagunçando a mente,
Em momento latente.


Pablo Danielli 

Lá...
Na terra de ninguém!
Aonde os pensamentos,
Brotam.
Aonde o tempo não se percebe,
O sonho não se cobra...
As paredes não fazem divisas,
Os muros são invisíveis,
O sentir, é tão natural quanto sobre?
(viver)!
Lá...
Aonde somos todos humanos,
Mora defeito, pecado e alegria.
Nesta terra...
Aonde o chão e o céu,
Se confundem.
O infinito, impossível e indivisível,
É apenas uma questão
De pensar e acreditar.
A diferença é que aqui somos adultos
Carrancudos e cinzas,
Lá somos crianças
Que teimam em colorir e sonhar e perdoar.


sexta-feira, 7 de março de 2014

A estupidez humana

As correntes foram deixadas de lado no tempo da escravidão, mas continuamos todos amarrados pelo nosso preconceito diário, nas pequenas coisas, que alimentamos com palavras e olhares. Sem nos darmos contas se tornam grandes e com capacidade de destruir um ser humano.

A estupidez humana

Nenhuma pessoa nasce racista, ela aprende a fazê-lo no seu dia a dia e com exemplos geralmente de pessoas que servem de espelho. Somos uma sociedade racista não apenas no que se diz respeito à raça, mas somos em um todo, nas pequenas coisas... Classe social, hierarquia, religião, opção sexual, entre outros tantos que poderia ser citado, o que não falta é “motivos” para ter tal atitude.
Somos um aglomerado de pessoas, cuja conveniência optou por chamar de sociedade. Existe racismo até mesmo nestas palavras ao descriminar a opção de liberdade de escolha e liberdade de expressão, mesmo que isso signifique palavras de ódio ou propagação de violência.
O preço dessa estupidez humana é a escravidão pelas palavras, que muitas vezes tem o mesmo peso que um chicote, aonde não deixa marcas para serem vistas, mas dilacera o intimo, deixa qualquer pessoa destruída por dentro.
Em uma sociedade aonde o dinheiro dita a regra, pessoas com menos poder aquisitivo, em sua maioria são vistas como inferiores, por não terem uma boa educação, acesso a cultura e “diversão” que se pode pagar.
O que nos leva a uma questão muito interessante, se em teoria quem tem mais acesso e melhores condições, ao desenvolver sua educação e cultura, deveria lutar para que seus iguais tivessem o mesmo direito. Mas o que se observa, são pessoas lutando para ter cada vez mais e deixar outros tantos com cada vez menos.
O racismo demonstra todo o individualismo que escondemos dentro de cada um de nós. Ao pratica-lo nos colocamos em uma condição superior, imaginada apenas por nós. Fechamo-nos para a sociedade para nos proclamarmos senhores da razão e os outros que se danem.
Somos hipocrisia no mais puro significado da palavra, se antes tínhamos as correntes, hoje temos as palavras, se antes tínhamos chicotes, hoje temos os olhares de desprezo e se antigamente tínhamos casa grande e senzala, hoje infelizmente temos o dinheiro, muros altos e condomínios para não nos misturarmos.
O nosso preconceito sufoca não somente adultos, mas crianças que mesmo antes de nascerem, já estão fadas a falta de coerência da raça humana. E passado tantos anos, tantos séculos parece que ainda não encontramos uma forma de deixar nosso ego e vaidade de lados em prol de um bairro, cidade, estado ou país com mais sorrisos ao invés de lagrimas.
Temos que reaprender a viver, a sentir, amar e perdoar. Temos que redescobrir nossa humanidade, mesmo que para isso, se acabe o tempo de vaidades. Para não perdemos nossa tão aclamada “racionalidade”.

Pablo Danielli

https://www.facebook.com/pages/Pablo-Danielli/135413313230522

quarta-feira, 5 de março de 2014

Brotar

Pode ser que a chuva caia,
Talvez o sol saia...
Quem sabe, o amor sufoque.
Mas com um pouco de sorte,
Sentimentos verdadeiros, brotem!


Pablo Danielli

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