segunda-feira, 29 de maio de 2017



[Os pássaros]

Senta, observa os pássaros
Percebe que eles cantam
Percebe que é musica pura.
Mostrando a beleza da vida
No bico e no bater de asas
De uma pequena criatura.


Pablo Danielli

quinta-feira, 25 de maio de 2017

terça-feira, 23 de maio de 2017



[Da felicidade]

E a felicidade
Estapeou sua cara,
Somente pelo prazer
De lhe provar,
Que nunca poderia doma-la.
Tal pedaço do paraíso
Escondido por trás dos dentes,
Que serrados combinavam
Um tímido sorriso.
Continuava lá, sentado...
Há contar ás horas
Ás estações e migalhas,
Que tentava aproveitar.
Poderia ser mortal!
Ser intenso ou puro frenesi.
Á tal momento
Tudo que poderia,
Morrer ou viver...
Está ao alcance
De seus tristes olhos.
E suas mãos não desejavam,
Folhar alguma pagina, a mais sobre a vida.
Deseja o momento eterno de felicidade,
Cobiçava estar diante do paraíso.
Mas á vida...
Insistia em lhe mostrar
Que ao menos para si,
Alegria vã é acompanhada
Pelo sacrifício tolo.
E a eterna...
Por pequenos monólogos de tristeza,
Anunciando a loucura popular,
Por segundos, explorada,
De algum tipo de sorriso.


Pablo Danielli

quinta-feira, 18 de maio de 2017



Será que agora as pessoas entendem que a lava jato não é golpista e que a corrupção está no sistema e não apenas em um partido?

Que grampo e delação premiada tem valor nas investigações?

Que ter politico de estimação é burrice?


Que enquanto o povo se mata entre esquerda e direita os políticos roubam todos.

Que PT, PSDB, PMDB e afins sempre lutaram pelo dinheiro e poder. Nunca pelo povo!

Somente um tolo, ficaria numa comparação esdruxula de quem roubou isso ou aquilo, quem roubou mais ou menos, ou ainda quem tem mais citados na operação. São todos corruptos, e todos os partidos querem o fim da operação.

Parece que ainda não aprenderam que hoje o citado é de um partido, amanha sera de outro.

Ontem o grampo era em um ex presidente, hoje é no atual.

Aceite, eles não estão nem ai para vocês!

Cadeia para todos!

sexta-feira, 12 de maio de 2017




A IMBECILIDADE NA FORMA POLITICA




[A politica de hoje, é a ruína da sociedade do amanhã. A omissão das pessoas hoje... É a morte da democracia em sua forma sã.

Dentre todos os regimes postos e impostos, o do silencio ainda é o que mata mais pessoas e esperança.]


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Um discurso bonito, um terno bem cortado, lagrima nos olhos ao falar das pessoas e seu sofrimento... Este tipo de descrição certamente deve levar sua imaginação ao mundo dos políticos. A pergunta que ecoa pelo vazio da mente, certamente é: Se o discurso é bonito, porque as suas atitudes são baratas?




"A política é constituída por homens sem ideais e sem grandeza."

Camus, Albert



O que podemos perceber é que não existem mais ideologias partidárias, direita alia-se com esquerda, e moderados fazem o acordo que bem entendem, apenas para ter uma secretaria, uma porta de entrada no governo, partidos são criados apenas para arrecadar verba publica e tempo de televisão. São como carrapatos que se alimentam da maquina governamental.

Manchetes e mais noticias são apenas para delatar casos de corrupção, acordos feitos à surdina, para conseguir mais poder, mais influencia, a politica na sua essência é um jogo de influencia e poder, o dinheiro é visto como um bônus por aqueles que estão na roda.

Ser tratado como uma espécie de salvador, todas as glorias possíveis por jogar migalhas ao povo, estar acima do bem e do mau e ter o aval da justiça para isto. E nem ao menos podemos falar que há luz no fim do túnel, porque volta e meia corremos o risco do apagão.

O país se comparado a outras estruturas politicas, pode ser considerado ainda uma pequena criança, que começa a amadurecer, temos pouco mais de quinhentos anos e talvez por isso ainda cometemos erros primários.

O Brasil hoje vive uma politica de divisão entre classes sociais, é mais fácil falar que uma classe dominante oprime outra menos favorecida, do que o governo assumir sua culpa na falta de uma boa politica social e se engana quem pensa que politica social é tirar do rico para dar ao pobre.

Nos temos cotas, nos temos impostos, nos temos propagandas governamentais que incitam o ódio entre classes e nos temos ainda mais falho que tudo, os nossos políticos com seus narizes empinados pensando que toda critica é injusta e que toda oposição é burra.


"Em política, a comunhão de ódios é quase sempre a base das amizades."


Tocqueville , Charles



Estamos em uma espécie de lodo, aonde quanto mais tentamos se envolver ou se livrar, mais acabamos por nos sujar independente da intenção ou da ação proposta. Teorias e mais perguntas são formuladas tentando encontra uma explicação logica para esse fenômeno que se apodera das pessoas que entram no circo politico.

Somente os políticos seriam corruptos ou a população de forma geral vê na politica uma forma de se beneficiar e enriquecer de forma fácil e rápida? O terno e a gravata seriam apenas uma vestimenta que nos permite mostrar a verdadeira natureza com a certeza da impunidade, ou apenas nos obrigamos a entrar no jogo?

Será que de fato estamos preparados para lidar com o poder? A palavra politica vem de tempos antigo, mais precisamente do grego Politeía, que vem da arte de dominar a organização e administração de uma nação ou estado. Significa ainda, a sociedade e sua coletividade, engloba tudo referente ao individuo, no seu intimo e no seu coletivo.


“O homem é um animal politico”.

Aristóteles


Por mais que de forma geral, falemos que não gostamos ou não queremos envolvimento com as questões politicas do país, praticamos no nosso dia a dia este ato, a politica partidária é apenas uma das mais variadas forma de exercê-la.

Que soluções seriam possíveis, que horizonte nos espera além de um próximo mandado de acordos e noticias de descaso, independente da bandeira partidária. A mudança acontece de forma lenta quase imperceptível, talvez em cem ou duzentos anos seja possível, uma organização confiável aos olhos do povo.

Acabar com a farra partidária, com as negociações e com o dinheiro que corre de forma descontrolada seria uma opção. Criar três grandes blocos políticos, esquerda, centro e direita, sem meio termo, já que os partidos hoje são feitos apenas para negociação.

Dividir o tempo de propaganda de forma igual entre os três blocos, assim evitando acordos por tempo de exibição. Limitar o teto de gastos da campanha, não é concebível que se gaste mais que trinta por cento do que o politico irá receber de salario. Certamente quando se extrapola esse limite, usara de favores ou outros meios para recupera o “investimento”.

Acabar coma imunidade parlamentar, roubo e desvio de verba, são crimes e devem ser punidos como tal. Acabar com a reeleição, mandato único de seis anos e fim do voto obrigatório, em uma democracia ser obrigado a fazer algo, é uma ditadura falsificada.

Muitas outras medidas seriam necessárias, mas com mudanças básicas grande parte da corrupção começaria ser evitada. É necessária uma mudança de comportamento da população em não apenas ver na politica uma forma de ganhar, mas sim, de agregar valor a comunidade, a sociedade de forma geral.

Politica não se trata de enriquecer, mas sim de dividir, valores morais, éticos e sociais. Uma sociedade só é justa quando todos têm os mesmos direitos e não apenas quando quem esta no poder tem o direito.

Todos têm que aprender a viver a politica e sermos políticos, independente de partidos ou do interesse que isso possa desenvolver.



“Em política, os aliados de hoje são os inimigos de amanhã.”

Nicolau Maquiavel




Pablo Danielli



quarta-feira, 10 de maio de 2017



[Carniceiros]







Na escuridão, 


A espera, a espera...


Uma cadeira velha, 




Uma janela quebrada. 


Casa, que não é lar, 


Tão pouco, morada... 


Uma cidade presa, 


Na calada, da noite. 


Gritos se escondem, 


Em becos escuros, 


Batizados pelo mijo, 


Sangue de bêbado. 


Corpos protegidos, 


Pela fé, Pela sorte, 


Por paredes erguidas pelo medo. 


Suor, lagrimas ou acaso? 


Realidades maleáveis... 


Sonhos manipuláveis... 


Jornais que batem a porta, 


Trazendo números, 


Mais um morto, mais um morto. 


Carniceiros se amontoam, 


Sobre manchetes que escondem o chão. 


Tudo serve de espetáculo, para chamar atenção. 


A alma podre é um prato cheio, 


Para aqueles que vivem... 


De desilusões. 


Em cidades de concreto e asfalto, 


O sangue rega o pouco da terra, 


Em forma de perdão. 


Um desconhecido. 


Um amigo. 


Um irmão. 


Carniceiros veem pequenos presentes 


Como oferendas a um rei morto, 


Manipulação. 


O cheiro já não incomoda, 


Ter um Deus pouco importa, 


Faces perdidas pelas ruas, 


Aflição. 


Tempo que escorrega pelas sarjetas, 


Levando a dignidade... 


Dilacerando o pouco de humanidade, 


Ombros que carregam o mundo, 


Sucumbem ao umbigo. 


Estar vivo, estar morto, 


Já não importa mais. 


O ar já não é fresco, 


A água tem um gosto insuportável 


Da verdade. 


E o que mais cresce, 


Em meio ao silencio, 


São os campos da morte. 


Chora a criança, 


Desespera-se o jovem... 


Lamenta o adulto. 


O miserável apenas sobrevive, 


As favelas apenas sobrevivem, 


Bairros nobres são como prisões, 


Vigiadas, assistidas e impossíveis de chegar, 


Que resistem em meio à realidade assistida. 


O mundo não para... 


O universo não para... 


Não é tua a verdade, 


Não é minha a mentira. 


Há muitas coisas não ditas, 


Existem muitas palavras distorcidas, 


Que não se explicam. 


É a chuva que afoga, 


O sol que castiga, 


Culpa da vida que não tem dono. 


Culpa da dignidade que tem preço. 


O sexo não da prazer... 


O coito não dá gozo... 


A boca não seduz... 


São apenas feridas, 


Desejos da carne, 


Que já não se satisfaz. 


Rotina, rotina, rotina. 


Nada surpreende, 


A vida é banal. 


A morte é casual. 


O que importa é o clique, 


A audiência que gera a cifra, 


Ceifadores da discórdia. 


Mesmo que seja necessário, 


Culpar, sem se desculpar. 


O que importa da história 


É o começo e o fim... 


O meio se justifica, 


Como propaganda, 


Como desculpa, 


Números na conta. 


O cheiro do esgoto... 


O cheiro da merda... 


O cheiro das ruas... 


Tantas realidades, 


Que se misturam. 


Animal, animal, animal... 


Em meio ao ato civilizatório 


Somos todos irracionais. 


Primatas que acham que o cheiro, 


Dó próprio cú é perfume, 


Que o arroto é musica, 


E que o pinto e a buceta, 


São do tamanho do nosso ego. 


Orgulho que nos manipula. 


Fé que nos cega. 


Vaidade que nos corrompe. 


Somos todos escravos, 


De diferentes verdades. 


Somos todos prisioneiros, 


De nossas próprias ironias. 


Somos todos mortos vivos, 


Carniceiros, apodrecendo, escondidos, 


Na escuridão... 


A espera, a espera. 












Pablo Danielli






terça-feira, 9 de maio de 2017

[Vida]

Desejos descartáveis
Planos que não se realizam,
Tudo acaba ao amanhecer.
Como uma dura sinfonia
Que ninguém escuta.
E você se pergunta:
Sou o único, a sobreviver...
A uma noite triste?
Tantos porquês...
Tantas certezas...
Que os segundos levam,
E fazem esquecer,
O que é ser especial.
Você se distrai
Com o controle da tv,
E na outra mão...
Os anos passam.
E nada é capaz de fazer voltar
Os olhares perdidos.
Sem perceber, como uma marca...
Feita ferro em brasa,
Fica a pergunta martelando sua mente:
Como vim parar aqui?
Faltou fé?
Não desejou com toda força?
O chão não recebeu lagrimas o suficiente?
Um sopro leva seu corpo,
Sua mente não percebe...
Então suas fantasias desmoronam.
É a vida que acontece.
São os dias que passam.
Passos que não deixam marcas feitas
Em cidades de concreto,
Por pessoas de plástico.


Pablo Danielli

segunda-feira, 8 de maio de 2017



Olha 
Revolta,
Volta!
A sua volta
O vazio
Revolucionando
O nada.
Perdeu-se
A utilidade,
Seu prazo
De validade?
Ainda Vale!
Volta
Olha a sua volta,
E se revolta!
Como em antigos 
Mares!
Hoje, navegáveis.


Pablo Danielli
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