As
correntes foram deixadas de lado no tempo da escravidão, mas continuamos todos
amarrados pelo nosso preconceito diário, nas pequenas coisas, que alimentamos
com palavras e olhares. Sem nos darmos contas se tornam grandes e com
capacidade de destruir um ser humano.
A estupidez humana
Nenhuma
pessoa nasce racista, ela aprende a fazê-lo no seu dia a dia e com exemplos
geralmente de pessoas que servem de espelho. Somos uma sociedade racista não
apenas no que se diz respeito à raça, mas somos em um todo, nas pequenas
coisas... Classe social, hierarquia, religião, opção sexual, entre outros
tantos que poderia ser citado, o que não falta é “motivos” para ter tal
atitude.
Somos
um aglomerado de pessoas, cuja conveniência optou por chamar de sociedade. Existe
racismo até mesmo nestas palavras ao descriminar a opção de liberdade de
escolha e liberdade de expressão, mesmo que isso signifique palavras de ódio ou
propagação de violência.
O
preço dessa estupidez humana é a escravidão pelas palavras, que muitas vezes
tem o mesmo peso que um chicote, aonde não deixa marcas para serem vistas, mas
dilacera o intimo, deixa qualquer pessoa destruída por dentro.
Em
uma sociedade aonde o dinheiro dita a regra, pessoas com menos poder aquisitivo,
em sua maioria são vistas como inferiores, por não terem uma boa educação,
acesso a cultura e “diversão” que se pode pagar.
O
que nos leva a uma questão muito interessante, se em teoria quem tem mais
acesso e melhores condições, ao desenvolver sua educação e cultura, deveria
lutar para que seus iguais tivessem o mesmo direito. Mas o que se observa, são
pessoas lutando para ter cada vez mais e deixar outros tantos com cada vez
menos.
O
racismo demonstra todo o individualismo que escondemos dentro de cada um de
nós. Ao pratica-lo nos colocamos em uma condição superior, imaginada apenas por
nós. Fechamo-nos para a sociedade para nos proclamarmos senhores da razão e os
outros que se danem.
Somos
hipocrisia no mais puro significado da palavra, se antes tínhamos as correntes,
hoje temos as palavras, se antes tínhamos chicotes, hoje temos os olhares de desprezo
e se antigamente tínhamos casa grande e senzala, hoje infelizmente temos o
dinheiro, muros altos e condomínios para não nos misturarmos.
O
nosso preconceito sufoca não somente adultos, mas crianças que mesmo antes de
nascerem, já estão fadas a falta de coerência da raça humana. E passado tantos
anos, tantos séculos parece que ainda não encontramos uma forma de deixar nosso
ego e vaidade de lados em prol de um bairro, cidade, estado ou país com mais
sorrisos ao invés de lagrimas.
Temos
que reaprender a viver, a sentir, amar e perdoar. Temos que redescobrir nossa
humanidade, mesmo que para isso, se acabe o tempo de vaidades. Para não
perdemos nossa tão aclamada “racionalidade”.
Pablo Danielli
https://www.facebook.com/pages/Pablo-Danielli/135413313230522
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