Pálida noite
Explique noite,
Porque meus olhos não sentem?
Explique pálida noite,
Porque meus dedos estão anestesiados...
Porque enfim, meu coração não pulsa.
E então, porque minha boca cala,
Quando meus lábios deveriam bravejar!
Porque teu silencio,
Tomou conta do meu corpo,
E meu calor em forma de alma...
Já não aquece outras formas.
Agora,
Tão pouco o peso das moedas,
Faz diferença.
O algodão e a seda,
Não me fazem sentir importante.
E tudo o que vejo é você,
Tudo o que me cerca é escuridão...
Tudo parece simples,
O ar, leve e puro!
Não há palmas para meu ego,
Nem espectadores para meus gestos.
Somente tu!
Nua e silenciosa, tomando meu corpo...
Por carne podre.
Sem ao menos se importar,
Com um nome, uma posição ou passado feito.
Sou mais
uma peça,
Que não
se completa nos teus caprichos.
Sou
agora...
Mais uma
história a ser coletada,
E
esquecida.
Assim
como tu, triste noite!
Que ao
amanhecer,
Levara
contigo toda forma de vida...
Mesmo
sendo nova ou velha,
Nunca
compreendida.
Pablo
Danielli
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