terça-feira, 17 de julho de 2018



[Sina] 



Entre calçadas 

Prédios se erguem, 

Na mesma velocidade 

Que as pessoas se afastam. 



Buracos em ruas mal feitas 

Que servem apenas para serem preenchidos, 

Com demagogias e discursos vazios. 



Pseudos intelectuais 

Com frases em outdoor... 

Liderando a manada 

Para lugar nenhum. 



Mais do mesmo 

Para massagear o ego, 

De uma classe que vive de distopias. 



Entre o nascer e o pôr do sol 

O tempo corre dentro de ônibus lotados, 

Mas vazios de esperança. 



Monotonia, rotina... 

Aflições do dia a dia, 

Tolices, de uma vida cretina. 



Reféns da estrutura, 

Da falta de escolhas. 

De oportunidades, 

Que nunca aconteceram. 



Repetindo orações, 

Lagrimas e medo. 

O poder muda de mãos 

Mas é sempre mais do mesmo. 



Nascer, sobreviver e morrer sem se perceber. 

Seres descartáveis, discursos para propaganda... 

Slogan, debate fútil da semana. 



Salvadores da pátria 

Não salvam a esperança, 

Afoga-se em palavras 

Repetidas no espelho. 



Tentando se convencer 

Ser o dono do poder, 

Velhas coroas... 

Para novos reis. 



A sina... 

Não se esconde de olhares 

Acostumados a sofrer. 



Uma hora, um dia, uma vida... 



Pra quem não existe, 

Tanto faz, como tanto fez. 



Pablo Danielli 

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