Lagrimas de sangue
Muitas vidas que não
acontecem,
Não existe
compreensão...
A boca que pede perdão,
Não estende a mão!
Quem criou o caos?
Quem criou o caos?
A morte, não permite
chorar,
É preciso sobreviver,
lutar!
Esta noite,
Não há historias para
contar...
Não se houve cantigas
De ninar...
Filhos mortos,
Não podem escutar.
Existe a penas o pesar,
A perda e a dor.
Lagrimas, feitas de
sangue,
Que marcam para sempre,
O chão que se passou.
A fronteira que separa,
Limita também, a cabeça
e o coração.
O desespero vira capa
de jornal,
Gera ibope na TV...
Emoção que passa,
Depois do comercial.
Em algum lugar do
mundo,
Alguém sorri...
Pensa (?), ainda bem,
Não é aqui!
Em alguma cama, alguém
deita,
Sem o peso dos mortos
nas costas.
Os pecados de poucos,
São castigados com o
sofrimento de muitos.
Fazendo da vida,
Algo inacabado...
A marcha dos excluídos,
Toma conta do mundo.
Porque, todos temos,
Nossos mortos, para
enterrar.
A miséria que a noite
esconde,
O dia revela!
E nada sobra do nosso
reflexo...
Da um beijo de
despedida,
No corpo do teu filho,
E parte sem destino.
Porque o sangue,
Que mancha a terra,
Não é culpa tua!
Os gritos calam,
Mas a dor é eterna.
Para quem sente,
Que o vento de agosto,
Trás apenas o temor...
De um setembro
sangrento.
Acende uma vela e reza,
A espera de perdão e
compreensão,
De quem pode, mas finge
não saber como...
Salvar.
Oferece apenas um
pedaço de pão,
Enquanto no silêncio da
noite,
Cala-se, mais um
coração.
Pablo Danielli
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