Amores e corações partidos.
De
todos os amores vividos de forma visceral, os que foram folhados em paginas de
livros e apenas estes, não deixaram seu coração amargo. Não deixaram seus
lábios secos, ficando apenas uma sensação de provocação, instinto de um pobre
coração pulsante, a espera de algo a mais, que suas pernas fiquem bambas e suas
mãos, tremulas.
Do
sol que cortava sua pele, ao entrar pela janela, cedendo uma pitada poética ao
seu quarto, levemente desorganizado, mas ainda assim confortável, como seu
coração... Revirado, mas a espera de confortar um novo amor.
Musicas
incessantes, que insistem em lhe ensinar que lá fora e em cada esquina existe
vida, vendida em pequenas bancas, estendidas em cordas, como ofertas de
jornais. Basta ter coragem suficiente de pagar o seu preço, um pouco de
sorrisos, algumas lagrimas, em algum momento amores e corações partidos.
E
dentro de si, bate de forma violenta a duvida:
E
depois? O que será de mim?
O
que resta depois do prazer, do sexo e da dor?
E seu silencio de forma simples e
caótica responde:
Será
o que tiver der ser e se assim tiver o direito de viver.
O
mundo conspira contra você, que se quer abriu a porta do quarto. Respirou ar
novo, soltou o velho por entre as lembranças, buscou novas palavras...
Esperança vendida em pequenos frascos, leves e rasos, oriundos de alguma parte
do velho mundo.
A
insanidade do relógio insiste no passar das horas, o tempo para algumas
memórias soa como castigo e você prefere trancar em algum canto escuro da
história. Seus pés tocam o chão, puxando o peso do seu corpo para a realidade
confusa, que brinca com sua vida sem parar.
Você
deseja tornar a deitar, viver sem o gosto da boca seca, sem precisar cobiçar,
mas a vida que bate em sua porta, insiste, persiste em lhe chamar, tentando lhe
iludir de que seus olhos irão se encantar, quando novamente e mesmo perdida,
você tornar a amar.
O amor
A vida,
Um sonho...
Um coração inteiro
Divido por duvidas,
Que pairam no ar.
Pablo Danielli
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