quarta-feira, 24 de outubro de 2018


[Novos velhos]

Os novos velhos
Não desejam rédeas ideológicas,
Tão pouco, obedecer anciões...
Com novas ganâncias.

A lógica que surta, através da rotina,
Esperando por respostas que nunca chegam.

O tempo do relógio, sempre está em descompasso,
Com o desejo do infinito...
Mesmo que tenha um fim em nós.

Número de certidão, RG e CPF.
Números de placas, endereços e amores.
Número de Obituário.
Contando a vida, sem que alguém se importe.

Tanto faz o sentido daquilo
Que nunca está lá...

Tanto faz, o desejo que nunca se satisfaz.
Tanto faz se a engrenagem gira sem parar...

Os novos velhos
Querem se encontrar.

Acreditando nas recompensas
Ao se arriscar no abismo de nossas consciências.

O desespero de quem abre os olhos
E percebe que o norte está invertido.

Zona de conforto
Que escondem meias verdades,
Descobrir-se nu
Sem cordas para se salvar...

E dar um passo adiante,
Aceitando nossas limitações.

A eternidade que se encontra na liberdade,
Para os novos velhos, não morrerem de tedio,
Ou terem motivos pra se revoltar.

Recomeçar
Recomeçar
Recomeçar.

Pablo Danielli

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