quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

To run where the tears, of joy in soils.

To run where the tears, of joy in soils.



The sound of rain falling was the only reminder of a gray afternoon that united us, the sound of silence were the words that made us feel so close. Just sitting side by side on a couch cold, watching the drops run by leaves almost dead, a drought that insisted on staying.
And so, together we understood so far, nothing but memories of something that never was, was more than enough to fill the sun that day, had promised to leave and not come out, like something stuck in my throat, trying to break the sync and many barely spoken lies, which sometimes saved some of our lives.
Our souls are facing into an abyss that we allowed to jump and die, often the same day that the cross our eyes, climbed again and again, again and again. Repeating what has never been done, babbling sounds that we did not know and did not hear because of the falling droplet on earth stifled any attempt to approach, a couch that's so small, most seemed to be in a desert of emotions.
Everything seemed much more explained that, as a tragic poem of one stanza only, where the beginning and end is meaningless, as is the feeling of the poet who wrote it, who killed writes about love, who left to let him live. Leaving the dream to live the real space split by two people no longer dream, when silence becomes real.
Only memories remain, in footnotes, where they stood out in bold the phrase "moments of joy", almost muffled by sheets and blank pages, something that still waits to be written. The happily ever after was perhaps for another book, or another story, latest, new, for a new beginning or a sad ending, where we discover that what we feel and swear at the end is deadly.
But all around there being what it was, when we look and listen to the rain wet, as we share our silence and our intimacy on a piece of the world, sitting in an empty couch.

Pablo Danielli


Para aonde as lagrimas correm, em solos de alegria.





O barulho da chuva caindo era a única lembrança de uma tarde cinza que nos unia, o som do silêncio eram as palavras que faziam nos sentir tão próximos. Apenas sentados, lado a lado em um sofá frio, observando as gotas correrem pelas folhas quase mortas, de uma seca que insistia em ficar.

E assim, juntos tão distantes nos entendíamos, nada além das lembranças de algo que nunca foi, era mais que suficiente para preencher o sol que naquele dia, havia prometido sair e não saiu, assim como alguma coisa presa na garganta, que tentava quebrar a sincronia de muitas e mal ditas mentiras, que por vezes salvaram um pouco de nossas vidas.

Nossas almas se enfrentavam em um abismo que permitíamos pular e morrer, muitas vezes no mesmo dia, que ao cruzar nossos olhos, escalávamos, novamente e outra vez, outra vez e outra vez. Repetindo o que nunca foi feito, balbuciando sons que não conhecíamos e que não ouvíamos, pois o cair da gota na terra abafava qualquer tentativa de aproximação, um sofá que de tão pequeno, nos parecia mais ser um deserto de emoções.

Tudo parecia muito mais que explicado, como um poema trágico de uma estrofe só, aonde o inicio e fim não tem sentido, assim como o sentimento do poeta que o escreveu, que morto escreve sobre o amor, que partiu para deixá-lo viver. Saindo do sonho para viver o real, um espaço dividido por duas pessoas deixa de ser sonho, quando o silêncio se torna real.

Somente as lembranças ficaram, em notas de rodapé, aonde destacavam-se em negrito a frase “momentos de alegria”, praticamente abafado por folhas e paginas em branco, de algo que ainda espera para se escrever. O felizes para sempre talvez tenha ficado para outro livro, ou outra história, mais recente, nova, para um novo começo ou um triste final, aonde descobrimos que o que sentimos e juramos no final é mortal.

Mas tudo volta há ser o que era, quando nos olhamos e ouvimos a chuva molhar, enquanto compartilhamos nosso silêncio e nossa intimidade em um pedaço do mundo, sentados no vazio de um sofá.


Pablo Danielli

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