quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

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segunda-feira, 24 de maio de 2021

O futebol é simples, complicado são os esquemas táticos.

             4-3-3, 3-5-2, 4-4-2 e mais tantas variações de esquemas táticos que fazem uma salada de números na cabeça do torcedor, avança linhas, baixa linhas, marcação por quadrante, individual, escalação de acordo com o adversário e leitura de jogo.

Isso caro torcedor é apenas uma amostra de como o futebol, um jogo onze contra onze, se tornou um martírio para o povo e um prato cheio para mesa de debates que teorizam absolutamente sobre tudo, sem chegar a respostas nenhuma.

Quando éramos crianças e aprendemos a dar os primeiros chutes na bola aprendemos o básico sobre o esporte: Fazer o gol e não tomar nenhum, em meio a isso ganhar dividias e dominar o adversário. Simples prático e direto!

Mas alguma coisa mudou no meio do caminho, aquele jogo simples e puro da infância, ficou complexo, caro e com muitos interesses. O jogo com gols feitos de chinelo, foi substituído por estádios milionários e ao que parece com o passar do tempo, tudo tem seu preço.

Os clubes que se orgulhavam de ter seus torcedores nas arquibancadas independente da renda, cor, sexo ou religião. Hoje não permitem que você assista um jogo sem ser sócio, estão excluindo justamente o torcedor pobre, aquele que mais do que ninguém se apega ao futebol para ter alguma alegria ou emoção na vida.

Camisas de clube que chegam a cobrar R$300,00 e produtos licenciados caros que fazem a paixão do torcedor morrer lentamente por não ter como se quer, um pai de família comprar uma camisa para ele e seu filho sem que se vá meio salário mínio. Isso sem citar o preço dos ingressos, tornando quase impossível a paixão ser passada de pai pra filho aos fins de semana.

Os clubes cada vez mais se afastam da periferia para buscar o dinheiro dos grandes centros, paga-se para visitar o estádio, para visitar o museu, para se dizer torcedor. E se você questionar tais fatos ainda usam o discurso de ser menos que os outros.

Alguns diriam que futebol hoje só se faz com dinheiro e que esse é o preço do futuro, o time que quiser conquistar títulos deve ser estruturado financeiramente. Acho que todos concordamos com isso, mas excluir justamente quem serviu de suporte para a fundação e crescimento popular desses clubes talvez não seja a decisão mais correta.

Os clubes não são transparentes e mesmo aqueles que dizem ser, quando investigados descobre-se as falcatruas. Gastam milhões com jogadores ruins, “Gestão” de futebol precária, amadorismo e populismo da hora de justificar os erros que se repetem gestão após gestão. Usam o clube para benefício próprio, interesses de pequenos grupos, enquanto a paixão do torcedor é tratada apenas como um negócio.

E justamente esse amadorismo acaba afastando grandes empresas que pensam duas, três vezes antes associar suas marcas com alguns clubes.  Com o dinheiro dessas empresas que deveriam bancar o futebol, não tirar do torcedor assalariado que mal tem para passar o mês. Mas o presidentes dos clubes preferem tirar de quem já não tem, ao invés de profissionalizar o clube, arrisca-se perder o poder desta forma.

“Quem vive de futebol, não torce pra time de futebol”, essa frase já foi dita por algumas pessoas do meio, justamente pra exemplificar a sujeira que acontece em muitos clubes, pois quem conhece o meio acaba perdendo o encanto pelo “esporte”. Quando o dinheiro entra em campo a paixão foge pelas arquibancadas e os torcedores quando cobram os responsáveis, acabam por ser chamados de falsos, ou estarem torcendo contra o clube ou contra o “projeto”.

O torcedor hoje é tratado como um número de conta bancaria, quanto mais se consegue tirar, mais importante é o torcedor. Mas aquele torcedor esquecido, que muitos clubes não desejam mais a presença, porque vai fazer um contraste muito grande com os novos estádios, agora é lembrança de museu, nas fotos descoloridas da época que arquibancadas lotadas mostravam que o futebol era festa popular, não elitista e de pequenos grupos que se acham donos dos clubes.

O futebol era simples, complicados são os esquemas, sendo eles táticos ou não...

 

Pablo G. R. Danielli


quinta-feira, 13 de maio de 2021

 

[A mesa está posta]

A mesa está posta

Farta, com palavras, elogios...

As capas protegem as costas

De olhares desconfiados

Sofridos e vazios.

Uma ilha na metrópole

Um oásis no deserto

Regalias medievais,

Em tempos atuais.

A ordem pela caneta

O castigo pela tinta preta.

Seres amorais

Escondendo o caráter

Da sua própria satisfação,

Em decisões que prejudicam o povo

E protegem seus companheiros de sermões.

A mesa está posta

E o ego divide lugar com a vaidade,

Hoje sem espaço para moralidade.

Vinhos caros, passam na mesma boca

Que beija a justiça, antes de trai-la.

Moedas de prata fazem parte do passado

O que se pede, são apenas regalias.

Ao custo do suor de um povo

Que ignorante

Finge que acredita

Na própria ironia.

Dizendo baixo, para não ser calado

Pela manchete, cumplice que alicia...

É a sina!

Pablo Danielli

 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

[Nós]

 A gente fecha os olhos,

E se acostuma... Com a falta do que não teve.

Nos conformamos com a distância

A perder as lembranças...

A esquecer os rostos

Mesmo, os mais próximos.

Prendemos a nossa vida em nós invisíveis,

Começamos a sentir tudo sempre igual

Um eterno domingo monótono,

E quanto menos esforço, melhor.

A gente...

Acaba se adaptando.

Risca as datas do calendário,

É formal nos aniversários

E segue o protocolo da rotina,

Dia após dia, esperando

Não se machucar com as ironias.

Sonhamos acordados

Enquanto a televisão vive da nossa apatia.

Movimentamos o nosso corpo

Ao som de um barulho sem sentido.

Porque tudo faz parte

Do vazio que é construído lentamente

Dentro de nós.

As palavras não tem mais o mesmo efeito,

E a gente fica confortável com a agua morna

Por medo de passar frio ou calor,

Se sairmos da nossa própria casa.

A gente...

Vive no automático

Fala o programado

Sente, menos que o necessário.

E quando percebemos

A vida...

É um quadro confuso, abstrato.

Não gostamos das cores, que intimamente pintamos.

E escondemos a nossa própria obra em um armário,

Esperamos que ninguém perceba, os tons frios e cinzas.

Porque a gente...

A gente fecha os olhos.

 

Pablo Danielli

 

 https://www.instagram.com/pablodanielli/

 

 

 

quinta-feira, 23 de julho de 2020

[Neon]

Ela era uma forma
Cheia de planos,
Que se partiram...
Como passos deixados no ar.

Era uma beijo
Um abraço
Um olhar.

O príncipe encantado
Ao invés de fotos,
Lagrimas para lembrar.

Agora
Sua sombra,
Não é mais a mesma.

Mudou, a silhueta.

Os sonhos quebrados
Não colam mais.

Uma viagem pela América
Um show de rock,
Que não se ouve mais.

O que era à dois,
Continuou sendo dois...
Mesmo sendo deixada para trás.

Um quarto de motel
Um neon na janela,
São apenas recortes
De uma última dança.

Prazer, que virou dor.

E agora, as noites em claro
São gastas, com falsos planos.
Déjà-vu de filmes na madrugada,
Gosto de café aguado...
Xícaras trincadas.

A gravidade,
Ainda fazia seus pés ficarem presos
Ao passado.

E meio à noite, sem norte...

Postagens vazias e sem sentido,
Frases prontas que não preenchiam o vazio.

Nenhuma chuva de likes
Refletida nas cores ausentes na janela,
Tocava seu corpo à deriva.

A solidão, ainda latente...

Tinha como companhia
Rabisco novo,
Que se fazia aos poucos
Presente.



Pablo Danielli

sexta-feira, 22 de maio de 2020

[Negra]

Aquela negra,
Cobiçada pelo sol...

Desejo de todos os olhares,
Mil bocas não são suficientes.

Porque a rua é nada,
É vazio...
Que só acaba com o calor,
Da imaginação do teu corpo.

Mulher,
Que faz todo homem,
Largar brinquedos.

Cheiro embriagado,
Fazendo todo copo vazio chorar.

Negra
Negra
Negra

Dona do próprio pulsar.
Castiga a palavra
Castiga os joelhos,
De quem não sabe rezar.

Curvas, silhuetas, metamorfose.

Boca que saliva
Amaldiçoa as mãos,
Que não podem tocar.

Fuga da realidade
Endereço fixo na cabeça,
Daqueles que são fracassados,
E morrem no meio da noite...

Esperando pelo teu corpo,
Que nunca chega!

Porque tu mulher,
Escolhe em que cama
Teu sexo deixar.



Pablo Danielli

quinta-feira, 30 de abril de 2020


[Pulsar]

Nenhum verso,
Tem a força de um suspiro.
Não existe rabisco ou frase,
Maior que o desejo.
Nenhuma Odisseia
É maior que o pulsar,
Silencioso da vida.
É da carne que é feita poesia!
E é da vida que é feita fantasia!
Sem isso...
Tudo é vazio!
Sonhar acordado, ainda sim é sonhar...
E só sente quem vive, mesmo que sem saber.
O teu sentir, não existe sem tua dor.
E teu prazer é tolo, por pensar ser rei
Em um mundo sem calor.
O silêncio da tua boca,
É como uma música sem melodia.
Incompleta, incapaz de sentir a vida.
Uma alma acomodada...
Lentamente esfarela,
Não sente e nem realiza.

Pablo Danielli

segunda-feira, 16 de março de 2020


[Teias]

As aranhas tecem suas teias
As aranhas tecem suas teias

Sutis, leves, mortais.

Até o mais sóbrio pensamento,
Fica preso em sua imensidão.
Até a mais inteligente das formas,
É capaz de se perder.

Menos o tempo...
Que corrói a fina teia,
Como o ferro imerso em agua.

Lentamente, desatando o emaranhado.
Quebrando nós.

Corroendo certezas.

Faz todo o pesar
Todo o trabalho
Toda forma definida
Mal compreendida...
Ser refeita.

O tempo não existe para palavras ausentes,
Não é castigo e tão pouco presente.
Apenas o vazio,
De formas de vida que definham
Lentamente.

As aranhas são dependentes de suas teias.

Incapazes de viver sem elas,
As aranhas são presas de si mesmas...

São reféns, de suas ideias.

Na solidão,
Tecem suas teias.

Pablo Danielli

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020


[As vozes]

As vozes estão mudas
As vozes, estão mudas.

Objetos, em forma de palavras...
Enjaulados, prisões feitas de carne.

O ar rarefeito ao nível do chão.

Um grito no silêncio,
Que rompe paredes...

Sem acordar ninguém.

Figuras distorcidas
Recortes de expectativas,
Convulsão, desilusão.

O corpo parece flutuar
Em um vazio, existência.

Pupilas dilatadas ecoam
O que o som não é capaz.

As vozes, mudas...
Não mudam.

Rosnados, preces, ilusão.

7 bilhões não fazem um coração.

Pablo Danielli

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020


[Vento]

Em certa tarde bucólica
O vento sussurrava algo,
Mas não consegui entender.
Ele arranhava a janela,
Uma, duas, três vezes...
Mesmo com toda sua força,
Eu, em meio a monotonia
Ainda custava a crer.
Então me aproximei da fina e fria camada
De vidro que me separava da realidade.
Tão próximo do mundo
Que meu ouvido, pode sentir seu assoviar.
E o vento, falava.
E não era pura e simples loucura...
Era lembrança tua.
Era, lembrança tua...
Que ele carregava
Entre os traços cinzas da cidade.
E no meio das horas
Observando os prédios,
Escuridão, solidão,
Algumas luzes acessas,
Me perguntava se o vento
Generoso comigo,
Também batia em outras janelas...
Pulsava em mim a duvida
Se outras pessoas também tinham lembrança tua.
Mas não poderia ser,
Não poderia existir desejo igual ao meu.
Mesmo se quisessem
Nenhum corpo pálido veria a luz,
Que tua imagem trazia no cinza do multidão.
Teus defeitos eram minha sina,
Domavam minha imaginação.
Mesmo a distância
O pulsar do vento,
Era lembrança tua...
Em batidas incompletas de um
Coração.

Pablo Danielli

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