Poesias, crônicas, textos sobre a vida. Poems, essays, texts about life. Poesie, saggi, testi sulla vita. Des poèmes, des essais, des textes sur la vie. Gedichte, Essays, Texte über das Leben. Poemas, ensayos, textos sobre la vida.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Feridas Abertas
Ao segurar a rosa desfolhada
Livra de todo pudor a morte,
Não é a sombra do medo
E tão pouco o medo da solidão.
A raiva contida no sorriso
E as palavras sutis,
Que marcam os desejos
Recusados pelo coração.
É teu suor, fedido, mórbido,
De quem não lutou, não desejou revolução!
É o espinho que sangra minha mão,
Quase estragando o macio das pétalas.
Morte certa pela beleza
Da vida, de um amor,
Trancado com medo de voar!
Pois o vento não consegue levar o sangue
Que seco sobra-lhe o chão.
Não faz brotar vida nova
Tão poucos sonhos belos,
Apenas cicatrizes de dias secos
Aonde a beleza das flores não curou.
Feridas abertas, não cicatrizam,
Mesmo feitas pelo amor.
Pablo Danielli
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Caixa de sentimentos
Guarda em uma pequena caixa
Todas as tuas memorias,
Teus desejos tão ardentes.
Para que não tenham espaço suficiente
Para se acomodar, se adaptar,
Assim sem você esperar
Vai transbordar em sentimento.
Para fora do seu corpo
Fazendo você se sentir vivo,
Explodindo em sorrisos coloridos!
E não apenas um objeto
Decorativo, sem nenhum motivo,
Num mundo meio cinza
Meio dolorido.
Pablo Danielli
Pablo Danielli
sexta-feira, 26 de julho de 2013
23
Link para baixar o Livro com 23 poesias,criadas e escolhidas pelo autor.
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/4405683
Pablo Danielli
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/4405683
Pablo Danielli
Passa
Passa
Passa o dia
A noite, a dor,
As lagrimas.
E alguns sorrisos
Passa a vontade?
Passa o frio,
O calor e o suor.
Passa a passos largos
As rugas, as roupas,
O assobiar de alguns passarinhos
Os desejos e alguns cheiros.
Só não passa as cicatrizes
Estas ficam guardadas,
Em algum canto da memoria
Lembranças de uma vida inteira.
Passa o dia
A noite, a dor,
As lagrimas.
E alguns sorrisos
Passa a vontade?
Passa o frio,
O calor e o suor.
Passa a passos largos
As rugas, as roupas,
O assobiar de alguns passarinhos
Os desejos e alguns cheiros.
Só não passa as cicatrizes
Estas ficam guardadas,
Em algum canto da memoria
Lembranças de uma vida inteira.
Pablo Danielli
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Mulher
Que direitos são estes que ferem
Não só o corpo, mas a alma,
Que luta é essa que maltrata
Dilacera a coragem, faz crescer o medo?
Que culpa tão grande é essa
Que faz desejar não viver,
É a beleza, o aroma ou o sorriso encantador?
Seus cabelos ao vento, não podem servir como chicotes!
Um silencio, que fere!
Dilacera e maltrata.
Mas os olhares tão tristes
Com esses dias tão incompreensíveis
Não fingem.
Existe vida além-mar?
Existe esperança além da dor?
Existe força aonde só há terror?
Tantas perguntas em um corpo tão frágil
Capaz de fazer surgir à vida,
Mas ainda incapaz
De viver com a dor.
Não é pela violência sofrida
Não é pelo desespero nela contida,
Não é pelas marcas que não cicatrizam!
É pela alma ferida
Pela pureza perdida
Pelo corpo que deveria receber
Somente o calor
E sentir apenas o amor.
É o direito de viver
De ser feliz,
Que alguns ainda não conseguem
Se permitir.
Pablo Danielli
Memorias
Ela tem um ferro de passar
Enferrujado, que nunca usou,
Volta e meia visita suas lembranças
Mesmo aquelas, que nunca sonhou.
Usa lagrimas que não tem
E sorrisos que não conhece,
Que poderia fazer brotar vida
Ao invés de se perder no vazio do corpo.
Mundo estranho esse, não?
Aonde pessoas querem certezas
E usam desejos com certo rancor.
Memorias quentes, de um mundo frio,
Com palavras soltas que não amarram um sentimento
Mesmo aquele quase impossível, que acontece com certos olhares,
Que costumamos gentilmente chamar de amor.
Pablo Danielli
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Reunião de condomínio
Essa crônica não tem qualquer compromisso com a realidade ou com algo moral.
Se você for dessas pessoas moralistas ou que não se permite uma leitura despretensiosa, faça um favor a si mesmo e não leia. Se a caso ler, não reclame.
É uma serie de crônicas que relata a vida de um personagem fictício, Chamado de “A rotina de Paulo”.
3 - Reunião de condomínio
Volta e meia tem um veado, que costuma reclamar que alguma coisa não funciona, como se alguma coisa no país funcionasse! E se não bastasse isso fica aporrinhando todo mundo com as reclamações parece àquelas velhas que não tem o que fazer e ficam caçando problemas.
Da vontade de chagar pra um loco desses e falar: Vira homem e para de chorar! Mas como a gente é pau mandado e ganha uma miséria pra ser assim, conto até dez e falo que vou resolver. E quando porra nenhuma funciona, os trastes do prédio resolvem fazer uma reunião, como se isso resolvesse alguma coisa.
Azar do sindico que tem que fica ouvindo baboseira de gente que acha que é rico. Geralmente essas reuniões acontecem no fim da tarde, inicio da noite, puta falta do que fazer, bem na hora do boteco penso comigo mesmo. Fica um monte de gente numa salinha de um calor infernal, reclamando todo mundo junto de um monte de coisa diferente, como se tudo fosse possível.
Fico do lado do sindico e só observo, aquele monte de pau mandado, cuja única diferença entre nós é o diploma, são pau mandado com diploma, de grife enquanto eu apenas ganho um pouco menos e não tenho que me fuder cumprindo horário. Dou risada sozinho!
O sindico olha pra mim, outo pau mandado que ganha pouco pra todo mundo botar pra fuder, e fala em voz baixa: Quer ver essa putaria acabar agora?
Ele se levanta e fala:
Senhores compreendo a preocupação de vocês, mas estamos sem dinheiro em caixa e precisaremos fazer uma “vaquinha” para providenciar os reparos necessários!
Um silencio mortal toma conta do ambiente, e fico falando comigo mesmo: Cambada de duro, só tem posse! Na hora de reclamar são os bom da boca, pra abrir a mão fica miudinhos! Acaba que ninguém resolve nada e fica tudo sempre como está, mas sempre tem um ou outro que vem depois me pedir pra dar uma passada no apartamento pra dar uma olhada.
Olho para o cidadão, e tenho vontade de falar, vai dar, vai! Mas de todos os escravos eu sou o que menos mando, e eu preciso de dinheiro pra pagar as putarias, digo que logo dou uma passada, só antes vou passar no boteco pra dar uma firmada.
Pablo Danielli
Se você for dessas pessoas moralistas ou que não se permite uma leitura despretensiosa, faça um favor a si mesmo e não leia. Se a caso ler, não reclame.
É uma serie de crônicas que relata a vida de um personagem fictício, Chamado de “A rotina de Paulo”.
3 - Reunião de condomínio
Volta e meia tem um veado, que costuma reclamar que alguma coisa não funciona, como se alguma coisa no país funcionasse! E se não bastasse isso fica aporrinhando todo mundo com as reclamações parece àquelas velhas que não tem o que fazer e ficam caçando problemas.
Da vontade de chagar pra um loco desses e falar: Vira homem e para de chorar! Mas como a gente é pau mandado e ganha uma miséria pra ser assim, conto até dez e falo que vou resolver. E quando porra nenhuma funciona, os trastes do prédio resolvem fazer uma reunião, como se isso resolvesse alguma coisa.
Azar do sindico que tem que fica ouvindo baboseira de gente que acha que é rico. Geralmente essas reuniões acontecem no fim da tarde, inicio da noite, puta falta do que fazer, bem na hora do boteco penso comigo mesmo. Fica um monte de gente numa salinha de um calor infernal, reclamando todo mundo junto de um monte de coisa diferente, como se tudo fosse possível.
Fico do lado do sindico e só observo, aquele monte de pau mandado, cuja única diferença entre nós é o diploma, são pau mandado com diploma, de grife enquanto eu apenas ganho um pouco menos e não tenho que me fuder cumprindo horário. Dou risada sozinho!
O sindico olha pra mim, outo pau mandado que ganha pouco pra todo mundo botar pra fuder, e fala em voz baixa: Quer ver essa putaria acabar agora?
Ele se levanta e fala:
Senhores compreendo a preocupação de vocês, mas estamos sem dinheiro em caixa e precisaremos fazer uma “vaquinha” para providenciar os reparos necessários!
Um silencio mortal toma conta do ambiente, e fico falando comigo mesmo: Cambada de duro, só tem posse! Na hora de reclamar são os bom da boca, pra abrir a mão fica miudinhos! Acaba que ninguém resolve nada e fica tudo sempre como está, mas sempre tem um ou outro que vem depois me pedir pra dar uma passada no apartamento pra dar uma olhada.
Olho para o cidadão, e tenho vontade de falar, vai dar, vai! Mas de todos os escravos eu sou o que menos mando, e eu preciso de dinheiro pra pagar as putarias, digo que logo dou uma passada, só antes vou passar no boteco pra dar uma firmada.
Pablo Danielli
terça-feira, 16 de julho de 2013
2 - O garçom corno
Essa crônica não tem qualquer
compromisso com a realidade ou com algo moral.
Se você for dessas pessoas
moralistas ou que não se permite uma leitura despretensiosa, faça um favor a si
mesmo e não leia. Se a caso ler, não reclame.
É uma serie de crônicas que relata
a vida de um personagem fictício, Chamado de “A rotina de Paulo”.
2
- O garçom corno
O
problema da noite, tirando a ressaca é que sempre vem o dia seguinte. E
qualquer sol que insista em nascer em um país como o Brasil é uma merda, porque
com certeza vai trazer muitos problemas com ele.
Levantei
querendo deitar, assim como em muitas outras manhãs, olhei pela janela do meu
apartamento, aquele enorme formigueiro, correndo de um lado ao outro, aquele
quebra cabeça humano, aonde nenhuma peça se encaixa, puto esforço
desnecessário, no fim ninguém leva nada, pensei comigo mesmo.
Fui
a passos lentos até o banheiro e tomei um banho pra tirar a carniça do corpo,
passei uma escova nos dentes pra disfarçar um pouco o hálito, me deparei com o
espelho e acabei por me encarar, pensando comigo mesmo: Tu é um puto de um
fudido!
Depois
dessa linda reflexão desci as escadas, provavelmente cruzei com minha vizinha
mal comida, e nessas horas madame nem olha na cara, porque acha que dinheiro
fala mais que educação.
Como
o de costume caminhei em direção ao boteco da esquina, uma espelunca, que só
dava bêbado e gente sem futuro como dizia minha finada mãe. O refugio dos
perdedores pensei, inclusive o meu, falei baixo comigo mesmo, para as pessoas
não acharem que além de bêbado “louco”!
Sentei
na cadeira de sempre, na mesa de sempre num canto escondido pra ninguém ficar
enchendo meu saco, de longe ergui a mão e falei, gambá traz uma dose pra firmar
o pulso, coitado do garçom trabalhava dia todo aguentando uns infelizes de uns
filhos da puta, ganhava uma merda e ainda era corno! Que vida desgraçada!
Rolava
algumas histórias por aquelas ruas, que a mulher dele já tinha dado pra meio
bairro e a outra metade negava até a morte porque era tudo casado, isso incluía
minha pessoa, mas sabe como são, apenas histórias. O problema não é ser corno e
aguentar as piadas sem graças depois, o pior é ser corno de mulher feia! Mostra
que o cara não serve pra nada, esse estava pagando os pecados na terra com
juros.
Mas
era gente boa, coitado só fingia que não sabia, a mulher fingia que não dava e
a gente fingia que não comia e assim a vida seguia! E eu achava que eu era um
merda, tinha gente que tinha a vida bem pior que a minha, porque a final
trabalhar de biscateiro em um condomínio fuleiro não era tão ruim assim. O
garçom só devia fazer o que eu fazia pra aguentar a porcaria da vida e a puta
da rotina, ele sofria e eu bebia!
terça-feira, 9 de julho de 2013
Puta Velha
Essa crônica não tem qualquer
compromisso com a realidade ou com algo moral.
Se você for dessas pessoas moralistas
ou que não se permite uma leitura despretensiosa, faça um favor a si mesmo e
não leia. Se a caso ler, não reclame.
É uma serie de crônicas que relata
a vida de um personagem fictício, Chamado de “A rotina de Paulo”.
1 - Puta velha.
Era
tarde e fazia um calor infernal, bem como se diz por estes lados do mundo, o
suor fazia colar a roupa no corpo e o cheiro do cigarro não saia de jeito
nenhum dos dedos. Certos dias são assim mesmo, sem graça, sem cachaça e sem
foda, chato pra cacete.
Quebrei
a única tv que tinha porque só passava merda, tolice popular, dava até nojo só
de olhar. O que restou foi um ou outro disco que merecia ser ouvido, porque na
radio hoje em dia só tem porcaria, puta sacanagem e uma puta monotonia.
É
difícil curar o mau humor e se o dia está uma merda, meu amigo, não tem conselho
que vá ajudar! Esse é daqueles dias que a gente fica meio assim, que nem “puta
velha”, meio perdido, num canto e sem vontade de “dar”. Fico pensando comigo
mesmo, nos dias de hoje, Sócrates provavelmente passaria no puteiro, para dar
uma aliviada sabe, caras como ele, em dias como o de hoje, certamente ficariam
loucos com tanta babaquice no ar.
Levanto
da cama e ouço a vadia da vizinha gritar que está tudo ruim, mas lá no fundo eu
sei que ela só quer “dar”! Hoje em dia é assim, madame tem “piti” por que não
consegue uma boa foda. Deve ser culpa dessa globalização, do ser tudo igual e
natural, falam por ai que até homem falta, deve ser, deve ser. Abro a porcaria
da minha geladeira e só tem um litro de cachaça e se é o que tem é o que eu
bebo, não posso me culpar e nem o sistema, se tudo está uma bosta, a culpa é do
meu corpo que não quer mudar.
Volto
a pensar na “puta velha” e solto alguns risos comigo mesmo, pensando: Poderia
ser pior! E penso sacanagem falarem que as pobres coitadas conceberam os alguns
nojentos políticos. Se for, deve ter sido a pior trepada da vida delas e grito
para mim mesmo: Que miséria sem fim!
Não
tem noite mais longa que uma cabeça que não consegue dormir, tento até fingir,
fecho os olhos e finjo um ronco, mas não é engano minha cabeça e o porre começa
a fazer efeito, raposa velha é assim, tarda mas não falha. Começo a contar nos
dedos, sem mulher, sem sono e sem dinheiro, vida ordinária e sorrio meio de
canto como quem diz, poderia ser pior, poderia ser um politico filho de uma “puta
velha”.
Pablo Danielli
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Sensibilidade Bruta
Chora pobre miserável
Por sua pouca sorte de nascer condenado,
Se não por correntes, por mãos que se dizem justas.
Por migalhas de sentimentos,
Por um luxo chamado vida.
Reclama sobre o jornal úmido
Declamando seus gruídos.
Esquece-se do gosto do pão
Perde teu desejo por água,
Mendiga olhares tristes
De poucas almas cinza,
Que insistem em não lhe ajudar.
Não sabe mais, qual é tua imagem?
Não sabe mais, o que significam tuas palavras?
Perdeu o tato e a sensibilidade bruta que te doma,
É desespero de não poder mais sentir, a flor!
Em forma de esperança que como pétalas
Arrancaram antes mesmo de brotar, dentro de ti.
Pablo Danielli
Pablo Danielli
terça-feira, 2 de julho de 2013
Romper
Infinitos pensamentos
Oceanos de palavras,
A pureza rompida
Pelos olhos curiosos da mente.
Depois do primeiro passo, incertezas!
Depois da primeira curva
A duvida além da própria natureza.
Rasgar o senso comum
Para se tornar extraordinário!
A mente que não mente
De forma latente,
É um presente.
Pablo Danielli
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